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GUERRA CIVIL
Farc criticam proposta
Atentado não impede diálogo, diz Colômbia
DA REDAÇÃO
O Alto Comissário para a Paz da Colômbia, Luis Carlos Restrepo, afirmou ontem que os atentados atribuídos às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) na quarta-feira, próximo ao local onde Álvaro Uribe tomava posse na Presidência, não mudarão a disposição do novo governo para estabelecer um diálogo de paz com todos os grupos armados ilegais envolvidos no conflito interno do país.
No dia anterior, o governo havia anunciado que a ONU (Organização das Nações Unidas) havia se prontificado a mediar um possível diálogo. A principal condição
imposta pelo governo para um diálogo é um cessar-fogo prévio.
Mas, em um comunicado divulgado ontem, as Farc, principal guerrilha do país, criticaram a proposta de mediação pela ONU e disseram que o conflito não terá
fim se o governo não propuser mudanças sociais profundas.
"O papel da ONU em outros conflitos tem sido questionado. Em Ruanda, na Indonésia, nos Balcãs e agora no Oriente Médio, com o drama do povo palestino",
diz o texto, publicado em página do grupo na internet. "Podem oferecer seus bons ofícios o papa ou a rainha Elizabeth do Reino Unido, mas se não existir uma
vontade de mudança do establishment colombiano fecha-se a possibilidade de pôr fim à confrontação armada."
O saldo de mortos no ataque da quarta-feira, com um morteiro, a poucas quadras do Congresso, subiu ontem para 21. Mais de 60 pessoas ficaram feridas. Um outro morteiro atingiu uma lateral do palácio presidencial, deixando quatro guardas feridos.
Enfrentamentos
Combates entre guerrilheiros das Farc com paramilitares de direita na última semana deixaram pelo menos 50 mortos na região de Serrania de San Lucas, cerca de 900 km ao norte de Bogotá, segundo o general Martín Orlando Carreño, comandante da 2ª Divisão do Exército.
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