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CASO SAKINEH
Itamaraty formaliza oferta de asilo para condenada à morte
DE BRASÍLIA - O governo brasileiro formalizou ao Irã a oferta
de asilo a Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada em
2006 a morrer apedrejada pelo
crime de adultério. Segundo o
Itamaraty, o embaixador do
Brasil em Teerã, Antonio Salgado, comunicou a chancelaria iraniana da declaração feita pelo presidente Luiz Inácio
Lula da Silva durante comício
em Curitiba, no dia 31 de julho.
Naquele dia, Lula disse que
iria propor a Mahmoud Ahmadinejad que a condenação fosse suspensa e Sakineh, autorizada a vir para o Brasil. A oferta de Lula surgiu depois de ele
ter sido criticado por dizer que
apoiar a soltura de Sakineh seria uma "avacalhação".
Não houve ainda resposta
oficial à oferta, porém o porta-voz da chancelaria do Irã indicou que o asilo seria rejeitado
ao afirmar que Lula falara com
base em informações erradas.
O primeiro contato entre o
governo brasileiro e a chancelaria do Irã para tratar de Sakineh aconteceu há cerca de um
mês e foi feito pelo chanceler
Celso Amorim.
MÉTODO
Na Noruega, Mohammad
Javad Hosseini, chefe de informações da Embaixada do
Irã em Oslo, disse ao site do
jornal "Dagbladet" que a Justiça iraniana já estabeleceu
que Sakineh não será morta
por apedrejamento.
O caso da iraniana passa
por uma revisão na Suprema
Corte do país. Para organizações dos direitos humanos, o
trâmite é uma estratégia para
aliviar a pressão sobre o caso
enquanto é adiada a decisão
sobre o método a ser adotado
-se apedrejamento ou enforcamento, que é mais comum.
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