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Israel culpa Arafat por terror e fiasco de plano
DA REDAÇÃO
Os atentados suicidas ontem
em Israel demonstram a incapacidade dos palestinos de respeitar o
novo plano de paz para a região,
segundo um porta-voz do premiê
israelense, Ariel Sharon.
"Israel alertou insistentemente
que o fracasso dos palestinos em
desmantelar a infra-estrutura do
terrorismo em sua área de jurisdição levaria inevitavelmente a ataques desse tipo, e Israel agora fará
o que for necessário", afirmou o
porta-voz Dore Gold.
O novo plano de paz, formulado
por EUA, União Européia, Rússia
e ONU e lançado em 4 de junho
último, exige o fim da violência e
prevê um Estado palestino em
2005. "Fundamentalmente, a Autoridade Nacional Palestina
[ANP] fracassou totalmente na
manutenção de seus compromissos", disse Gold, de Nova Déli, onde acompanha Sharon na primeira visita de um chefe de governo
de Israel à Índia.
Gold culpou o presidente da
ANP, Iasser Arafat, pela violência,
mas não elaborou que medidas
Israel tomará em relação aos ataques de ontem. O gabinete israelense reuniu-se de forma emergencial para avaliar o que fazer.
Israel já havia declarado uma
"guerra total" ao Hamas, responsável por centenas de mortes de
civis israelenses em atentados suicidas. Sharon, no domingo, disse
que os membros do grupo terrorista -que defende o fim de Israel e a criação de um Estado islâmico na região- estavam "marcados para morrer".
Desde um atentado do Hamas
em Jerusalém, em 19 de agosto,
que encerrou a trégua obtida com
o novo plano de paz, Israel matou
mais de dez membros do Hamas.
No sábado, tentou matar o maior
líder do grupo, o xeque Ahmed
Yassin, que saiu levemente ferido.
Entre as opções de reação de Israel estariam uma grande invasão
de Gaza, base do Hamas, em busca de seus líderes e infra-estrutura, uma intensificação das operações de comando atuais e mesmo
a expulsão de Arafat, confinado
em seu QG semidestruído em Ramallah (Cisjordânia) há meses.
A cada atentado, os líderes israelenses aumentam o tom das
acusações contra Arafat. Após o
afastarem das negociações de paz,
acusando-o de tolerar ou incentivar o terrorismo, Israel e EUA o
acusam de agir contra o novo plano de paz. Mas analistas crêem
que sua expulsão possa aumentar
sua popularidade e o terrorismo.
Com agências internacionais
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