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Aliança aproveita e promove ofensiva
DA REDAÇÃO
A estabilidade do regime do Taleban está sofrendo forte pressão
militar ao norte afegão, e o ponto
nevrálgico é Mazar-e-Sharif.
A cidade empoeirada, perto da
fronteira com o Uzbequistão, pode tornar-se o calcanhar-de-aquiles dos fundamentalistas caso sucumba ao ataque da Aliança do
Norte, por terra, e das forças anglo-americanas, por ar.
Desde o primeiro dia dos ataques, alvos na região foram dizimados pelas bombas e mísseis
ocidentais. Os principais alvos são
os tanques soviéticos T-55 e T-62,
blindados e alguns dos poucos
aviões de ataque do Taleban.
Ao mesmo tempo, há relatos de
que as forças da Aliança estão se
aproximando perigosamente da
linha de defesa taleban, que soma
cerca de 15 mil homens.
Com isso, confirma-se o cenário
no qual os EUA ""abrem caminho" para uma ofensiva dos rebeldes da Aliança. O Pentágono,
por sua vez, nega a existência de
algum acordo.
Mazar-e-Sharif é uma cidade de
maioria étnica uzbeque que foi tomada pelo Taleban em 1998. O general uzbeque Rashid Dostum,
que deixou o Exército de seu país
e já mandou na região, agora quer
retomá-la.
Há dez anos Moscou fornece armas à Aliança, e agora rumores
falam em tanques de segunda linha, tipo T-55, vendidos em grande quantidade aos rebeldes.
Foram os russos que indicaram
ontem os combates na região de
Cunduz, perto de Mazar-e-Sharif.
Se cair, a cidade será base para
uma grande ofensiva contra o Taleban e exporá todo o flanco leste
das forças fundamentalistas. Segundo o jornal ""The New York
Times" publicou ontem, o Pentágono considera extra-oficialmente a queda do bastião, se ocorrer,
como ""um grande estrago" para
os talebans.
Mais ao nordeste, fica a expectativa de um ataque a Cabul por
parte da Aliança. Isso é significativamente mais complicado, uma
vez que o caminho para a capital
passa pelo vale de Panjshir, fortemente guardado por cerca de 20
mil talebans (veja mapa acima).
A Aliança domina a parte norte
do vale, mas não consegue chegar
a seu centro, onde fica o aeroporto de Bagram -considerado estratégico para uma eventual tomada de Cabul. Hoje, o Taleban
impede o uso da pista com disparos de canhões colocados nas
montanhas ao largo do vale.
Com agências internacionais
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