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São Paulo, sexta-feira, 10 de outubro de 2003

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PRÊMIO

Há 165 indicações, entre elas a do presidente Lula e a do vocalista Bono, da banda U2; decisão será anunciada hoje

Papa e Havel são favoritos ao Nobel da Paz

DA REDAÇÃO

O Prêmio Nobel da Paz será anunciado hoje, simultaneamente em Oslo (Noruega) e Estocolmo (Suécia), às 11h locais (6h em Brasília). O papa João Paulo 2º e o ex-presidente da República Tcheca Vaclav Havel são os favoritos, segundo analistas.
Neste ano 165 personalidades tiveram suas candidaturas oficialmente aceitas pelo Comitê do Nobel Norueguês, encarregado de escolher quem receberá o diploma e ainda um prêmio em dinheiro de US$ 1,3 milhão. Entre os indicados está o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
A decisão do comitê já foi tomada. Mas, desde que o prêmio foi concedido pela primeira vez, em 1901, nunca se soube antecipadamente o nome do vencedor.
Há também a hipótese de o prêmio não ser concedido, conforme ocorreu em 20 oportunidades, como em 1972 e 1967.
O vencedor no ano passado foi Jimmy Carter, ex-presidente dos Estados Unidos, por intermediar missões oficiosas de paz e se prontificar a atuar como observador em países em situação difícil.
Sua premiação funcionou de forma indireta como um recado político ao presidente George W. Bush, então empenhado nos preparativos da Guerra do Iraque.
O Nobel da Paz é o mais prestigioso entre os cerca de 300 prêmios distribuídos anualmente em todo o mundo a entidades e personalidades por atividades em favor da paz. O prêmio é um dos cinco previstos pelo engenheiro químico sueco Alfred Nobel (1833-96), inventor da dinamite e cuja fortuna pessoal está até hoje na base das premiações.
O favoritismo do papa e de Havel é apontado por pessoas que acompanham os critérios de concessão do prêmio e o contexto mundial em que ele é concedido.
Tais opiniões abastecem um amplo movimento de especulação. Um site australiano especializado em apostas situa o papa na liderança, com 1 chance em 2, seguido por Havel, com 1 em 8. A chance de Lula é de 1 em 14, bem maior que a dada ao presidente afegão, Hamid Karzai (1 em 25).
Os responsáveis pelo Nobel recomendam às entidades credenciadas a fazer indicações, como academias ou Parlamentos nacionais, que não dêem publicidade a suas iniciativas.
Mas os vazamentos são frequentes. Por meio deles foi possível saber que também concorrem a organização pacifista russa Mães de Preto, o dissidente iraniano Hashem Aghajari, o ativista em direitos humanos russo Sergei Kovaliev, o Exército da Salvação e a Comunidade de Santo Egídio, entidades filantrópicas, e os políticos norte-americanos Sam Nunn e Richard Lugar.
Há também Bono, ativista social e vocalista da banda U2, e até Michael Jackson, além do governador George Ryan, do Estado norte-americano de Illinois, por ter suspendido a aplicação da pena de morte, à qual 167 prisioneiros já estavam condenados.


Com agências Internacionais

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