|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PRÊMIO
Há 165 indicações, entre elas a do presidente Lula e a do vocalista Bono, da banda U2; decisão será anunciada hoje
Papa e Havel são favoritos ao Nobel da Paz
DA REDAÇÃO
O Prêmio Nobel da Paz será
anunciado hoje, simultaneamente em Oslo (Noruega) e Estocolmo (Suécia), às 11h locais (6h em
Brasília). O papa João Paulo 2º e o
ex-presidente da República Tcheca Vaclav Havel são os favoritos,
segundo analistas.
Neste ano 165 personalidades tiveram suas candidaturas oficialmente aceitas pelo Comitê do Nobel Norueguês, encarregado de
escolher quem receberá o diploma e ainda um prêmio em dinheiro de US$ 1,3 milhão. Entre os indicados está o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
A decisão do comitê já foi tomada. Mas, desde que o prêmio foi
concedido pela primeira vez, em
1901, nunca se soube antecipadamente o nome do vencedor.
Há também a hipótese de o prêmio não ser concedido, conforme
ocorreu em 20 oportunidades, como em 1972 e 1967.
O vencedor no ano passado foi
Jimmy Carter, ex-presidente dos
Estados Unidos, por intermediar
missões oficiosas de paz e se
prontificar a atuar como observador em países em situação difícil.
Sua premiação funcionou de
forma indireta como um recado
político ao presidente George W.
Bush, então empenhado nos preparativos da Guerra do Iraque.
O Nobel da Paz é o mais prestigioso entre os cerca de 300 prêmios distribuídos anualmente em
todo o mundo a entidades e personalidades por atividades em favor da paz. O prêmio é um dos
cinco previstos pelo engenheiro
químico sueco Alfred Nobel
(1833-96), inventor da dinamite e
cuja fortuna pessoal está até hoje
na base das premiações.
O favoritismo do papa e de Havel é apontado por pessoas que
acompanham os critérios de concessão do prêmio e o contexto
mundial em que ele é concedido.
Tais opiniões abastecem um
amplo movimento de especulação. Um site australiano especializado em apostas situa o papa na
liderança, com 1 chance em 2, seguido por Havel, com 1 em 8. A
chance de Lula é de 1 em 14, bem
maior que a dada ao presidente
afegão, Hamid Karzai (1 em 25).
Os responsáveis pelo Nobel recomendam às entidades credenciadas a fazer indicações, como
academias ou Parlamentos nacionais, que não dêem publicidade a
suas iniciativas.
Mas os vazamentos são frequentes. Por meio deles foi possível saber que também concorrem
a organização pacifista russa
Mães de Preto, o dissidente iraniano Hashem Aghajari, o ativista
em direitos humanos russo Sergei
Kovaliev, o Exército da Salvação e
a Comunidade de Santo Egídio,
entidades filantrópicas, e os políticos norte-americanos Sam
Nunn e Richard Lugar.
Há também Bono, ativista social
e vocalista da banda U2, e até Michael Jackson, além do governador George Ryan, do Estado norte-americano de Illinois, por ter
suspendido a aplicação da pena
de morte, à qual 167 prisioneiros
já estavam condenados.
Com agências Internacionais
Texto Anterior: Religião: Papado não deve ser vitalício, diz cardeal belga Próximo Texto: Para analista, prêmio a Lula ajudaria o social Índice
|