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Governo somali quer ofensivas terrestres americanas no país
DA REDAÇÃO
O vice-premiê somali, Hussein Aideed, afirmou que membros da Al Qaeda só serão capturados no país se as forças especiais norte-americanas entrarem na Somália por terra.
"Até onde sabemos, eles ainda não estão no terreno, mas é
apenas uma questão de tempo", disse Aideed.
O governo provisório da Somália foi reinstalado no poder
no início do mês, graças à ajuda
de tropas da vizinha Etiópia,
que invadiram o país com apoio
dos Estados Unidos.
Anteontem, os EUA admitiram a realização da primeira
ofensiva militar na Somália
desde 1994 -que aconteceu entre domingo e segunda-feira. O
ataque, porém, foi aéreo.
Washington acusa os milicianos somalis dos Tribunais Islâmicos, que controlavam a
maior parte do país até a invasão etíope, de abrigarem dirigentes e membros da Al Qaeda
na fronteira com o Quênia.
A Liga Árabe afirmou que os
EUA realizaram novos ataques
aéreos ontem, que mataram
"muitas vítimas inocentes". Segundo o "New York Times", residentes da área confirmaram a
morte de dezenas de civis causada pelos bombardeios.
Entretanto, o governo dos
EUA negou a nova ofensiva e
afirmou que os bombardeios
mataram somente terroristas.
Segundo porta-vozes, entre
cinco e dez pessoas suspeitas
de terem ligação com a Al Qaeda foram mortas.
Abdul Rashid Hidig, membro
do Parlamento de transição da
Somália, visitou a região atingida pelos bombardeios e afirmou que dois civis morreram.
Membros dos Tribunais Islâmicos disseram que o número
de vítimas é bem maior -incluindo "muitas crianças".
Segundo o primeiro-ministro etíope, Meles Zenawi, dos
20 integrantes do alto escalão
dos Tribunais Islâmicos procurados pela Etiópia e pelos EUA,
oito foram mortos, cinco foram
feridos e estão em poder dos
etíopes e sete escaparam após a
ofensiva aérea.
Um membro do governo somali afirmou que um dos supostos mortos é Fazu Abdullah
Mohammed, suspeito de ter
planejado o ataque às embaixadas dos EUA no Quênia e na
Tanzânia, que mataram 225
pessoas em 1998.
Ontem, o secretário-geral da
ONU, Ban Ki-Moon, pediu a retirada de todas as tropas estrangeiras da Somália.
Com agências internacionais
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