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País recebe bem turistas, mas hotéis são pré-revolução
DO ENVIADO ESPECIAL A TEERÃ
Ao chegar no Aeroporto
Internacional Imam Khomeini, em Teerã, ontem, os
turistas eram surpreendidos
por uma comissão de boas-vindas.
Cada visitante que chegava
à capital iraniana no dia em
que era festejado o aniversário da revolução capitaneada
pelo aiatolá Ruhollah Khomeini (1900-1989), que dá o
nome ao aeroporto, recebia
uma sacolinha com cachecol
com as cores da bandeira do
Irã (verde, vermelho e branco) e um porta-retratos.
"Para celebrar com você o
aniversário da Revolução
[Islâmica]", diziam as sorridentes recepcionistas, cobertas com o obrigatório lenço na cabeça.
Prêmios
O Irã foi um dos países
mais fechados ao turismo internacional nos últimos 30
anos, desde a ascensão do regime islâmico.
Contando com o patrimônio do império persa em cidades como Isfahan, Shiraz e
Persépolis, o governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad prometeu, no ano passado, prêmios em dinheiro
para as agências de viagens
que conseguissem levar turistas europeus ao país.
O turismo é uma esperança de arrecadação do regime,
excessivamente dependente
da renda do petróleo (que
responde por 70% da arrecadação), cujos preços estão
em queda desde a explosão
da crise econômica mundial,
no ano passado.
O índice oficial de desemprego é hoje de 12%, mas está
em alta - imagina-se que o
número real seja bem maior.
Não que o turismo seja fácil - os hotéis ainda são os
mesmos que já existiam antes da revolução. A arquitetura e a decoração dos anos
70 sobrevivem a duras penas.
Só os nomes mudaram. Sheraton, Hilton ou InterContinental são chamados hoje
Homa, Esteghlal e Laleh.
(RJL)
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