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MÉXICO
Calderón cria força militar para atuar na segurança interna
DA REDAÇÃO
O presidente mexicano,
Felipe Calderón, criou uma
força especial no Exército
que apoiará autoridades civis
em questões de segurança
pública e combate ao crime
organizado, em um momento no qual a violência atinge
altos níveis no país. A força,
que será formada por 3.500
militares, responderá diretamente ao presidente.
A nova divisão foi criada
para responder a um aumento da violência e do narcotráfico em vários Estados do
México. Neste ano, segundo
o jornal "El Universal", houve ao menos 958 assassinatos, apesar de uma vasta operação nesses Estados, da qual
participam tropas militares.
A criação da força preocupou especialistas, que alertaram para uma possível militarização da segurança pública. Parlamentares de oposição também criticaram a
decisão e pediram "que os
militares voltem ao quartel".
"Parece-me muito preocupante que as forças armadas
estejam tomando este tipo
de medida, porque fica muito
claro que não temos no México um Estado de direito e o
Exército tem que fazer o trabalho da polícia", afirmou à
agência France Presse Jaime
Cárdenas, pesquisador da
Universidade Nacional Autônoma do México. Segundo
Cárdenas, a atuação da força
"pode recordar velhas épocas da repressão no país", em
referência à participação do
Exército mexicano, durante
a década de 1970, no combate a grupos de esquerda.
O governo porém defende
a criação da força, afirmando
que a polícia -que, segundo
especialistas, é corrompida e
não-profissional-, sozinha,
não conseguirá conter o
avanço do narcotráfico.
Com agências internacionais
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