São Paulo, sexta-feira, 11 de maio de 2007

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MÉXICO

Calderón cria força militar para atuar na segurança interna

DA REDAÇÃO

O presidente mexicano, Felipe Calderón, criou uma força especial no Exército que apoiará autoridades civis em questões de segurança pública e combate ao crime organizado, em um momento no qual a violência atinge altos níveis no país. A força, que será formada por 3.500 militares, responderá diretamente ao presidente.
A nova divisão foi criada para responder a um aumento da violência e do narcotráfico em vários Estados do México. Neste ano, segundo o jornal "El Universal", houve ao menos 958 assassinatos, apesar de uma vasta operação nesses Estados, da qual participam tropas militares.
A criação da força preocupou especialistas, que alertaram para uma possível militarização da segurança pública. Parlamentares de oposição também criticaram a decisão e pediram "que os militares voltem ao quartel".
"Parece-me muito preocupante que as forças armadas estejam tomando este tipo de medida, porque fica muito claro que não temos no México um Estado de direito e o Exército tem que fazer o trabalho da polícia", afirmou à agência France Presse Jaime Cárdenas, pesquisador da Universidade Nacional Autônoma do México. Segundo Cárdenas, a atuação da força "pode recordar velhas épocas da repressão no país", em referência à participação do Exército mexicano, durante a década de 1970, no combate a grupos de esquerda.
O governo porém defende a criação da força, afirmando que a polícia -que, segundo especialistas, é corrompida e não-profissional-, sozinha, não conseguirá conter o avanço do narcotráfico.


Com agências internacionais


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