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SUCESSÃO NOS EUA / DISCUSSÃO ECONÔMICA
McCain se opõe a Obama ao pregar redução de impostos
Republicano diz que rival promoverá maior subida de tributos desde 2ª Guerra
Para candidato governista à sucessão de Bush, eleição de democrata representaria repetição do fracassado governo de Jimmy Carter
DANIEL BERGAMASCO
DE NOVA YORK
O senador John McCain, virtual candidato republicano à
Presidência dos Estados Unidos, defendeu ontem em encontro com pequenos empresários em Washington seu projeto de beneficiar empresas e a
classe média do país com redução de impostos.
Entre outras medidas, o candidato propõe abatimento de
mais de US$ 2.000 para 25 milhões de famílias americanas e
a simplificação do sistema de
contribuição das empresas como forma de estimular a economia americana, que passa
atualmente por desaceleração
e é apontada em pesquisas como a principal preocupação
dos eleitores.
McCain usou boa parte de
sua fala para criticar o rival democrata Barack Obama, a
quem acusa de pretender onerar ainda mais cidadãos e empresas. Ele se referiu às propostas de Obama de taxar mais os
ricos e os lucros das empresas,
entre outras medidas, como
forma de garantir benefícios
como auxílio financeiro a desempregados ou endividados.
"Não importa quem de nós
vai vencer em novembro, haverá mudança em Washington. A
questão é qual tipo de mudança. Nós autorizaremos o maior
aumento de impostos desde a
Segunda Guerra, como meu
oponente propõe, ou manteremos impostos baixos para famílias e empregadores?", questionou o republicano.
McCain também defendeu a
continuidade de tratados de livre comércio, polarizando a
discussão com Obama, que fala
em rever o Nafta (bloco com
Canadá e México).
Bush x Carter
Além de disparar contra
Obama, McCain tentou devolver as farpas lançadas pelo concorrente, que diz que uma vitória do republicano significaria
um terceiro mandato do presidente George W. Bush.
Buscando mostrar ruptura
com a administração atual,
McCain disse: "Por muito tempo o governo tem sido a voz das
grandes empresas. Mesmo
quando grandes companhias
violam sua confiança, parecem
apoiadas em regras diferentes,
escapando com uma conduta
que quebraria qualquer dono
de pequeno negócio".
A Bush se atribui, por exemplo, benevolência com os bancos que detonaram a crise de
crédito emprestando grande
volume de dinheiro a altas taxas a clientes com histórico
ruim de pagamento.
McCain também disse que
Obama é que significa repetição. "O senador Obama diz que
estou concorrendo por um terceiro mandato de Bush. Parece
para mim que ele está concorrendo a um segundo de Jimmy
Carter", disse, em referência ao
ex-presidente democrata
(1977-1981) cuja gestão foi marcada por problemas econômicos como alta de preços de
combustíveis.
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