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ALEMANHA
EUA dificultam julgamento de réu do 11/9
DA REDAÇÃO
Os EUA negaram ontem o acesso da Justiça alemã a membros da
Al Qaeda que estão sob poder de
Washington, dificultando o novo
julgamento do único acusado que
fora condenado -e depois solto- por envolvimento nos ataques de 11 de setembro de 2001.
O marroquino Mounir el Motassadeq, 30, havia sido condenado em 2003 a 15 anos de prisão
sob a acusação de conspiração para realizar os atentados. Mas, em
abril deste ano, o mesmo tribunal
decidiu por sua libertação, por
considerar fracas as provas que o
haviam condenado.
Segundo o tribunal, ele não teve
um julgamento justo porque os
EUA negaram acesso a um amigo
de Motassadeq, o iemenita Ramzi
Binalshibh, que está sob custódia
americana. Binalshibh seria o elo
da Al Qaeda com a célula terrorista de Hamburgo, a que o marroquino foi acusado de pertencer e
que teve papel central no 11 de Setembro. Motassadeq foi libertado
da prisão, na Alemanha, com a
perspectiva de ser inocentado
neste novo julgamento.
Em carta à Embaixada da Alemanha em Washington, lida na
corte, os EUA afirmaram que têm
de proteger as fontes e os métodos
dos serviços de segurança. Segundo a carta, o "acesso interativo" a
prisioneiros pode atrapalhar as
investigações e levar à divulgação
de informações secretas.
As autoridades alemãs requisitaram aos EUA, em maio, que fosse permitido o acesso a seis testemunhas-chave, incluindo Binalshibh. Porém os EUA declararam
que até informações sobre se uma
pessoa está sob custódia americana é classificada como secreta.
A questão tem provocado tensão nas relações entre Alemanha e
EUA e mostra as dificuldades que
a guerra ao terrorismo enfrenta
quando os acusados de participação em atentados são levados a
tribunais comuns.
Com agências internacionais
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