São Paulo, segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Antes de votação, presidente faz campanha com cheque de Chávez

DA ENVIADA ESPECIAL A COCHABAMBA

Já com colares de flores e folha de coca no pescoço, Evo Morales tentava saudar os eleitores ao mesmo tempo que saltava poças d" água nas enlameadas ruas da Villa 14 de Setembro, na região cocaleira do Chapare (centro). Votou momentos depois, repetindo votos de unidade do país, mas sem querer se comprometer sobre o critério para a retirada dos governadores, um dos pontos controversos da consulta.
Enquanto isso, em La Paz, o vice-presidente, Álvaro García Linera, era categórico: o critério a ser usado seria o aprovado pelo Congresso -e não o modificado pela CNE (Corte Nacional Eleitoral).
Pela lei aprovada no Congresso, os políticos sairiam dos postos se recebessem quantidade de "não" maior que os votos que obtiveram quando eleitos em 2005. Mas a CNE modificou a norma: deixariam os cargos os governadores se o "não" ultrapassasse 50%. Já para Morales, valeria o total de 53,7% obtido em 2005. Pesquisas de boca-de-urna, porém, indicavam que os governadores rejeitados tiveram mais da metade dos votos negativos, o que esvaziaria a polêmica.
Morales fez da viagem à região do Chapare, seu berço político, o seu último ato de campanha, apesar das proibições das autoridades eleitorais. Jogou futebol, discursou e coroou a visita distribuindo mais um dos cheques patrocinados pela Venezuela: 1,5 milhão de bolivianos (US$ 210 mil) para a construção de uma fábrica.


Texto Anterior: Frases
Próximo Texto: Entrevista da 2ª: Cidadão é como Homer e precisa de "empurrãozinho"
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.