São Paulo, domingo, 11 de setembro de 2011

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Embaixada brasileira temeu assalto e armou plano de fuga

DE BRASÍLIA

A embaixada brasileira em Islamabad desconfiava da polícia paquistanesa e tinha, em 2001, um plano para tirar às pressas cidadãos brasileiros que viviam no Paquistão, em caso de agravamento do conflito, revelam as mensagens confidenciais do Itamaraty. Naquele período, 29 brasileiros viviam no Paquistão. Alguns deixaram o país provisoriamente e permaneceram os que criaram raízes, seja porque se casaram com locais ou porque já eram de origem paquistanesa.
A maioria dos brasileiros informou à embaixada que desejava ficar, mas foi elaborado um plano de fuga emergencial por terra e ar. Os diplomatas começaram a monitorar diariamente todos os voos que partiam de Islamabad e montaram um esquema de saída terrestre pela fronteira com a Índia.
O Brasil sempre monitorou o que acontecia com o corpo diplomático de outros países em Islamabad. Em dezembro de 2001, um telegrama informou o roubo do carro do embaixador da Áustria e a presença suspeita de dois homens na Embaixada do Brasil -que temia ser alvo de assaltantes, embora tenha registrado "episódios de atentados contra missões estrangeiras em Islamabad".
Conforme o relato, os dois homens interessados em saber detalhes da segurança do posto brasileiro se identificaram como policiais, mas não usavam uniforme nem portavam documentos. O telegrama critica a polícia paquistanesa, "que não parece preparada para enfrentar problemas dessa natureza".


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