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EX-METRÓPOLE
Portugal se comove e atua em prol de Timor
das agências internacionais
O bispo timorense Carlos Ximenes Belo foi recebido em
Lisboa por milhares de portugueses, em mais um sinal da
comoção que o país vive com a
situação em Timor Leste, região que colonizou até 1975.
O premiê português, António
Guterres, enviou ao aeroporto
um carro usado para transportar chefes de Estado, que, em
pouco tempo, ficou coberto de
flores, lançadas pela multidão.
"Timor não pode esperar" e
"Timor, um grito pela vida"
eram alguns dos cartazes que
os portugueses carregavam.
Belo, Prêmio Nobal da Paz de
1996, foi obrigado a deixar sua
casa, em Dili, atacada e incendiada por grupos antiindependência, no início da semana.
Ele se refugiou em Baucau (Timor Leste) e na Austrália antes
de ir ao país.
Milhares de pessoas formaram uma corrente humana de
cerca de 10 km, na última quarta, em volta das embaixadas,
em Lisboa, dos cinco membros
permanentes do Conselho de
Segurança da ONU, para pedir
uma força de paz em Timor.
Os portugueses vêm fazendo
manifestações diárias em prol
dos timorenses. Sindicatos
convocaram na quarta três minutos de silêncio. A solidariedade envolve partidos, sindicatos, meios de comunicação, a
Igreja Católica e organizações
não-governamentais.
Jogadores de futebol da seleção portuguesa usaram uma
braçadeira negra num jogo
contra a Romênia para expressar seu apoio aos timorenses.
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