São Paulo, sábado, 11 de outubro de 1997.



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ORIENTE MÉDIO
País teme ataques na festa judaica
Israel entra em alerta no Yom Kippur

das agências internacionais

Israel colocou ontem suas forças em alerta máximo como prevenção à realização de atentados durante o Yom Kippur, o "Dia do Perdão" dos judeus, comemorado entre a noite de ontem e o dia de hoje. O Hamas, grupo extremista responsável pelos dois últimos atentados suicidas, que mataram 21 pessoas em Jerusalém, ameaçou agir contra seu inimigo durante a data.
Fontes dos órgãos de segurança israelenses disseram temer uma retaliação pela fracassada tentativa de assassinato do líder do Hamas Khaled Meshal por agentes do Mossad em Amã, na Jordânia.
As fronteiras que separam o país dos territórios autônomos palestinos da faixa de Gaza e Cisjordânia foram fechadas e só serão reabertas na noite de hoje. Os negócios israelenses fecharam ontem para o período em que os judeus permanecem um dia sem comer nem beber. Anualmente esta data é considerada momento de alto risco de atentados. Em 1973, Exércitos de países árabes vizinhos aproveitaram o feriado para um ataque surpresa que deu início à Guerra do Yom Kippur.
Reação jordaniana
O rei Hussein, da Jordânia, expulsou ontem todos os agentes do Mossad (serviço secreto israelense) residentes em Amã. A medida foi uma represália à tentativa de assassinato do líder do Hamas.
Segundo a notícia, publicada pelo diário israelense "Maariv", a Jordânia decidiu romper a cooperação de seus serviços secretos com o Mossad. A ação israelense foi considerada uma provocação.
O governo canadense anunciou ontem o retorno de seu embaixador a Israel. A chancelaria do Canadá havia chamado de volta seu representante. Os dois agentes do Mossad que atacaram Meshal utilizaram passaportes canadenses para entrar na Jordânia. A decisão foi tomada após pedido formal de desculpas por Israel.
A secretária de Estado norte-americana, Madeleine Albright, afirmou ontem que não tem razão para conversar com o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu. "Não tenho nada a dizer a ele. Já fizemos esforços e não tivemos resultados", declarou, em resposta a uma tentativa do presidente israelense, Ezer Weizman, de levar Netanyahu aos Estados Unidos.



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