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São Paulo, sábado, 11 de outubro de 2003

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ORIENTE MÉDIO

Israel diz que buscava supostos túneis usados no tráfico de armas

Ação israelense em Gaza mata sete palestinos e fere 60

DA REDAÇÃO

Forças israelenses mataram sete palestinos, incluindo um menino de oito anos e outro de 15, e feriram pelo menos 60 pessoas em ação ontem na faixa de Gaza.
O governo israelense enviou dezenas de tanques, escoltados por helicópteros, ao campo de refugiados de Rafah, na fronteira com o Egito, para procurar supostos túneis usados no tráfico de armas.
Israel afirmou que os terroristas palestinos tentam obter mísseis capazes de atingir cidades e aeronaves israelenses. As tropas entraram em confronto com atiradores na maior ação israelense dos últimos meses na faixa de Gaza. No sábado passado, um atentado suicida palestino matou 20 pessoas em Haifa, incluindo três crianças.
Na Cisjordânia, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Iasser Arafat, voltou a aparecer em público, após três dias, para as celebrações religiosas da sexta-feira. Recentes rumores sugeriram que ele poderia ter sofrido um ataque cardíaco ou que estaria com câncer no estômago.
Os médicos de Arafat já disseram que ele está em bom estado de saúde e se recuperando bem de um problema estomacal. Em sua aparição, o presidente da ANP estava pálido, mas não mostrou sinais de cansaço enquanto rezava.
Segundo fontes palestinas, as forças israelenses mataram três militantes na operação na faixa de Gaza, mas as outras quatro vítimas seriam civis desarmados.
Médicos disseram que 60 pessoas, incluindo oito crianças e ao menos dez atiradores, se feriram, a maioria no disparo de um míssil por um helicóptero. Nabil Abu Rdainah, assessor de Arafat, chamou a ação de "crime de guerra".
Fontes militares israelenses disseram que as tropas descobriram dois túneis usados para o tráfico, mas não encontraram armas. Em defesa da operação, Dore Gold, conselheiro do premiê Ariel Sharon, afirmou que "Israel foi obrigado de novo a fazer o trabalho que deveria ser feito pela ANP".
Na administração da crise política palestina, autoridades disseram estar empenhadas em convencer o premiê Ahmed Korei a recuar da ameaça que fez anteontem de renunciar, por causa de aparente disputa com Arafat pelo controle das forças de segurança.
Do lado israelense, o jornal "Maariv" divulgou pesquisa que mostra uma queda na popularidade de Sharon. Sua aprovação ficou em 37%, contra 54% de insatisfeitos. Recentemente, o premiê chegou a ser aprovado por 60%.

Síria
Autoridades americanas voltaram a defender o ataque de Israel a um suposto campo de treinamento do Jihad Islâmico na Síria com a revelação, baseada em informações de inteligência, de que obras haviam sido feitas no local com o objetivo de prepará-lo para a utilização pelo grupo terrorista.


Com agências internacionais

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