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ORIENTE MÉDIO
Israel diz que buscava supostos túneis usados no tráfico de armas
Ação israelense em Gaza mata sete palestinos e fere 60
DA REDAÇÃO
Forças israelenses mataram sete palestinos, incluindo um menino de oito anos e outro de 15, e feriram pelo menos 60 pessoas em
ação ontem na faixa de Gaza.
O governo israelense enviou dezenas de tanques, escoltados por
helicópteros, ao campo de refugiados de Rafah, na fronteira com
o Egito, para procurar supostos
túneis usados no tráfico de armas.
Israel afirmou que os terroristas
palestinos tentam obter mísseis
capazes de atingir cidades e aeronaves israelenses. As tropas entraram em confronto com atiradores
na maior ação israelense dos últimos meses na faixa de Gaza. No
sábado passado, um atentado suicida palestino matou 20 pessoas
em Haifa, incluindo três crianças.
Na Cisjordânia, o presidente da
Autoridade Nacional Palestina
(ANP), Iasser Arafat, voltou a
aparecer em público, após três
dias, para as celebrações religiosas
da sexta-feira. Recentes rumores
sugeriram que ele poderia ter sofrido um ataque cardíaco ou que
estaria com câncer no estômago.
Os médicos de Arafat já disseram que ele está em bom estado
de saúde e se recuperando bem de
um problema estomacal. Em sua
aparição, o presidente da ANP estava pálido, mas não mostrou sinais de cansaço enquanto rezava.
Segundo fontes palestinas, as
forças israelenses mataram três
militantes na operação na faixa de
Gaza, mas as outras quatro vítimas seriam civis desarmados.
Médicos disseram que 60 pessoas, incluindo oito crianças e ao
menos dez atiradores, se feriram,
a maioria no disparo de um míssil
por um helicóptero. Nabil Abu
Rdainah, assessor de Arafat, chamou a ação de "crime de guerra".
Fontes militares israelenses disseram que as tropas descobriram
dois túneis usados para o tráfico,
mas não encontraram armas. Em
defesa da operação, Dore Gold,
conselheiro do premiê Ariel Sharon, afirmou que "Israel foi obrigado de novo a fazer o trabalho
que deveria ser feito pela ANP".
Na administração da crise política palestina, autoridades disseram estar empenhadas em convencer o premiê Ahmed Korei a
recuar da ameaça que fez anteontem de renunciar, por causa de
aparente disputa com Arafat pelo
controle das forças de segurança.
Do lado israelense, o jornal
"Maariv" divulgou pesquisa que
mostra uma queda na popularidade de Sharon. Sua aprovação ficou em 37%, contra 54% de insatisfeitos. Recentemente, o premiê
chegou a ser aprovado por 60%.
Síria
Autoridades americanas voltaram a defender o ataque de Israel
a um suposto campo de treinamento do Jihad Islâmico na Síria
com a revelação, baseada em informações de inteligência, de que
obras haviam sido feitas no local
com o objetivo de prepará-lo para
a utilização pelo grupo terrorista.
Com agências internacionais
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