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Após pacto para depor armas, Iraque vai soltar asseclas de Al Sadr
DA ASSOCIATED PRESS
O governo do Iraque vai começar a libertar da prisão seguidores
do clérigo radical xiita Moqtada al
Sadr. "Todos aqueles que não estiverem envolvidos em crimes serão libertados", afirmou ontem o
ministro iraquiano da Segurança
Nacional, Qassem Dawoud.
"Não definimos exatamente
quando começará a libertação,
mas estamos lidando seriamente
com esse assunto", disse Dawoud.
O gesto é uma compensação
por um acordo selado nesse fim
de semana entre o governo do
país e a milícia de Al Sadr, responsável por uma das mais importantes frentes de resistência aos americanos no Iraque.
Pelo pacto, membros da milícia
concordaram em entregar suas
armas de porte médio e pesado, a
partir de hoje, em três delegacias
de Sadr City -populoso bairro
suburbano de Bagdá que é um
dos redutos do clérigo xiita.
O governo iraquiano compensará financeiramente cada pessoa
que entregar suas armas. Ontem,
integrantes da milícia já se movimentavam na capital para recolher armamentos.
Segundo o ministro Dawoud, o
orçamento reservado para comprar as armas é de US$ 385 milhões. Ele diz, também, que pretende destinar outros US$ 150 milhões, provenientes da ajuda estrangeira ao Iraque, para a reconstrução do empobrecido e
destruído distrito de Sadr City, segunda etapa do acordo.
Essa não é a primeira vez que
autoridades iraquianas e a milícia
de Al Sadr fazem um acordo de
distensão. Em agosto, um desses
pactos foi costurado após pesados
confrontos entre os seguidores do
clérigo e as forças americanas e do
governo iraquiano em Najaf
-outro reduto de Al Sadr.
Naquele acordo, à milícia de Al
Sadr foi permitido que mantivesse suas armas. E os conflitos continuaram em Sadr City.
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