São Paulo, segunda-feira, 11 de outubro de 2004

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Após pacto para depor armas, Iraque vai soltar asseclas de Al Sadr

DA ASSOCIATED PRESS

O governo do Iraque vai começar a libertar da prisão seguidores do clérigo radical xiita Moqtada al Sadr. "Todos aqueles que não estiverem envolvidos em crimes serão libertados", afirmou ontem o ministro iraquiano da Segurança Nacional, Qassem Dawoud.
"Não definimos exatamente quando começará a libertação, mas estamos lidando seriamente com esse assunto", disse Dawoud.
O gesto é uma compensação por um acordo selado nesse fim de semana entre o governo do país e a milícia de Al Sadr, responsável por uma das mais importantes frentes de resistência aos americanos no Iraque.
Pelo pacto, membros da milícia concordaram em entregar suas armas de porte médio e pesado, a partir de hoje, em três delegacias de Sadr City -populoso bairro suburbano de Bagdá que é um dos redutos do clérigo xiita.
O governo iraquiano compensará financeiramente cada pessoa que entregar suas armas. Ontem, integrantes da milícia já se movimentavam na capital para recolher armamentos.
Segundo o ministro Dawoud, o orçamento reservado para comprar as armas é de US$ 385 milhões. Ele diz, também, que pretende destinar outros US$ 150 milhões, provenientes da ajuda estrangeira ao Iraque, para a reconstrução do empobrecido e destruído distrito de Sadr City, segunda etapa do acordo.
Essa não é a primeira vez que autoridades iraquianas e a milícia de Al Sadr fazem um acordo de distensão. Em agosto, um desses pactos foi costurado após pesados confrontos entre os seguidores do clérigo e as forças americanas e do governo iraquiano em Najaf -outro reduto de Al Sadr.
Naquele acordo, à milícia de Al Sadr foi permitido que mantivesse suas armas. E os conflitos continuaram em Sadr City.

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