São Paulo, segunda-feira, 11 de outubro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ÁSIA

Hamid Karzai diz que alguns dos candidatos voltaram atrás em pedido para anular primeiro pleito presidencial direto do país

Observadores internacionais aprovam eleição afegã

DA REDAÇÃO

Observadores internacionais disseram ontem que não vêem razões para anular a eleição de sábado no Afeganistão, apesar de denúncias de fraude por parte de candidatos da oposição.
"Concordamos com a Comissão Eleitoral afegã que não há justificativa para o pedido de candidatos de anular o pleito", disse o embaixador Robert Barry, chefe da delegação da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação Européia).
Barry disse que sua conclusão se baseia em relatos de 40 observadores eleitorais de seu grupo, bem como na análise de especialistas em eleições da União Européia.
O governo dos EUA faz uma avaliação semelhante e disse estar confiante em que as eleições afegãs serão consideradas justas e válidas, apesar de alguns protestos. "Esse foi um dia extraordinário para o povo afegão, e estas eleições serão consideradas legítimas", disse Condoleezza Rice, a conselheira de Segurança Nacional do presidente Bush.
O maior grupo de observadores internacionais, o Fundações para Eleições Livres e Justas no Afeganistão, composto por 13 ONGs, também estimou que a eleição foi correta, apesar das queixas.
O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, disse que parte dos candidatos que haviam pedido a anulação da eleição mudaram de idéia e agora estão dispostos a aceitar o pleito como legítimo.
A descoberta de que a tinta usada para marcar os dedos de eleitores com a finalidade de impedir múltiplas votações era lavável em algumas regiões do país levou vários dos oponentes de Karzai a acusar fraude e a pedir a realização de uma nova eleição.
Os comentários de Karzai indicam que há um movimento para aceitar os resultados da primeira eleição presidencial direta da história do país. "Alguns dos estimados candidatos rejeitaram o boicote", disse Karzai. "E temos a esperança de que outros candidatos não ignorem o júbilo nacional e permitam que os votos sejam contados", acrescentou. Karzai, que preside o governo de transição, é o favorito na votação direta.
A contagem começa hoje e, se nenhum candidato obtiver uma maioria de 51%, os dois primeiros colocados devem disputar um segundo turno.


Com agências internacionais

Texto Anterior: Agonia: Vídeo mostra apelo final de Bigley
Próximo Texto: Chineses viram reféns no Paquistão
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.