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ÁSIA
Hamid Karzai diz que alguns dos candidatos voltaram atrás em pedido para anular primeiro pleito presidencial direto do país
Observadores internacionais aprovam eleição afegã
DA REDAÇÃO
Observadores internacionais
disseram ontem que não vêem razões para anular a eleição de sábado no Afeganistão, apesar de denúncias de fraude por parte de
candidatos da oposição.
"Concordamos com a Comissão Eleitoral afegã que não há justificativa para o pedido de candidatos de anular o pleito", disse o
embaixador Robert Barry, chefe
da delegação da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação Européia).
Barry disse que sua conclusão se
baseia em relatos de 40 observadores eleitorais de seu grupo, bem
como na análise de especialistas
em eleições da União Européia.
O governo dos EUA faz uma
avaliação semelhante e disse estar
confiante em que as eleições afegãs serão consideradas justas e
válidas, apesar de alguns protestos. "Esse foi um dia extraordinário para o povo afegão, e estas
eleições serão consideradas legítimas", disse Condoleezza Rice, a
conselheira de Segurança Nacional do presidente Bush.
O maior grupo de observadores
internacionais, o Fundações para
Eleições Livres e Justas no Afeganistão, composto por 13 ONGs,
também estimou que a eleição foi
correta, apesar das queixas.
O presidente do Afeganistão,
Hamid Karzai, disse que parte dos
candidatos que haviam pedido a
anulação da eleição mudaram de
idéia e agora estão dispostos a
aceitar o pleito como legítimo.
A descoberta de que a tinta usada para marcar os dedos de eleitores com a finalidade de impedir
múltiplas votações era lavável em
algumas regiões do país levou vários dos oponentes de Karzai a
acusar fraude e a pedir a realização de uma nova eleição.
Os comentários de Karzai indicam que há um movimento para
aceitar os resultados da primeira
eleição presidencial direta da história do país. "Alguns dos estimados candidatos rejeitaram o boicote", disse Karzai. "E temos a esperança de que outros candidatos
não ignorem o júbilo nacional e
permitam que os votos sejam
contados", acrescentou. Karzai,
que preside o governo de transição, é o favorito na votação direta.
A contagem começa hoje e, se
nenhum candidato obtiver uma
maioria de 51%, os dois primeiros
colocados devem disputar um segundo turno.
Com agências internacionais
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