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EUA devem enviar mais soldados ao Afeganistão
Tropas poderiam chegar ao país asiático já em janeiro
DA REDAÇÃO
O presidente dos EUA, Barack Obama, está prestes a
anunciar o envio de mais tropas
ao Afeganistão, segundo fontes
do governo. No entanto, o número de soldados seria menor
do que os 40 mil solicitados pelo comandante das forças americanas no país asiático, general
Stanley McChrystal.
As autoridades disseram, sob
condição de anonimato, que o
envio das tropas pode começar
já em janeiro. Elas teriam como
objetivo fortalecer a defesa de
dez cidades-chave para a luta
contra a insurgência do grupo
radical islâmico Taleban.
O pedido de McChrystal foi
feito há quase três meses,
quando ele reportou a Obama
que a missão dos EUA no Afeganistão poderia fracassar se
não houvesse o envio adicional
de cerca de 40 mil soldados
-atualmente, há 68 mil militares americanos no país, que lutam ao lado de cerca de 40 mil
enviados por países aliados.
O presidente, no entanto, teria decidido dar ao general
grande parte, mas não a totalidade, das tropas solicitadas, de
acordo com as fontes.
Ontem, o porta-voz da Casa
Branca, Robert Gibbs, negou as
informações e disse que qualquer um que afirme que uma
decisão sobre o assunto já foi
tomada "não tem a menor ideia
do que está falando".
Ele afirmou ainda que Obama se reunirá novamente hoje
com o sua equipe de segurança
nacional e que o presidente está considerando quatro opções
para realinhar a estratégia dos
EUA no Afeganistão -sem dar
detalhes sobre elas.
Gibbs voltou a dizer que um
anúncio sobre o reforço das
tropas não deve ocorrer antes
do final deste mês, quando o
presidente retornará de uma
viagem diplomática à Ásia.
Desde o início de outubro
-quando a guerra no país asiático completou oito anos-,
Obama já fez diversas reuniões
com seus conselheiros para
reavaliar o conflito, que enfrenta atualmente o maior nível de
insurgência desde 2001. Essa
revisão de estratégia envolve
não apenas o envio de mais soldados, mas também desafios
políticos e diplomáticos.
O aumento no número de
militares americanos mortos
em combate fez com que o
apoio público ao conflito no
Afeganistão caísse nos EUA, e
uma decisão de expandir o número de tropas pode se tornar
um problema político para o
presidente antes das eleições
legislativas do ano que vem.
Com agências internacionais
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