São Paulo, quarta-feira, 11 de novembro de 2009

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EUA devem enviar mais soldados ao Afeganistão

Tropas poderiam chegar ao país asiático já em janeiro

DA REDAÇÃO

O presidente dos EUA, Barack Obama, está prestes a anunciar o envio de mais tropas ao Afeganistão, segundo fontes do governo. No entanto, o número de soldados seria menor do que os 40 mil solicitados pelo comandante das forças americanas no país asiático, general Stanley McChrystal.
As autoridades disseram, sob condição de anonimato, que o envio das tropas pode começar já em janeiro. Elas teriam como objetivo fortalecer a defesa de dez cidades-chave para a luta contra a insurgência do grupo radical islâmico Taleban.
O pedido de McChrystal foi feito há quase três meses, quando ele reportou a Obama que a missão dos EUA no Afeganistão poderia fracassar se não houvesse o envio adicional de cerca de 40 mil soldados -atualmente, há 68 mil militares americanos no país, que lutam ao lado de cerca de 40 mil enviados por países aliados.
O presidente, no entanto, teria decidido dar ao general grande parte, mas não a totalidade, das tropas solicitadas, de acordo com as fontes.
Ontem, o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, negou as informações e disse que qualquer um que afirme que uma decisão sobre o assunto já foi tomada "não tem a menor ideia do que está falando".
Ele afirmou ainda que Obama se reunirá novamente hoje com o sua equipe de segurança nacional e que o presidente está considerando quatro opções para realinhar a estratégia dos EUA no Afeganistão -sem dar detalhes sobre elas.
Gibbs voltou a dizer que um anúncio sobre o reforço das tropas não deve ocorrer antes do final deste mês, quando o presidente retornará de uma viagem diplomática à Ásia.
Desde o início de outubro -quando a guerra no país asiático completou oito anos-, Obama já fez diversas reuniões com seus conselheiros para reavaliar o conflito, que enfrenta atualmente o maior nível de insurgência desde 2001. Essa revisão de estratégia envolve não apenas o envio de mais soldados, mas também desafios políticos e diplomáticos.
O aumento no número de militares americanos mortos em combate fez com que o apoio público ao conflito no Afeganistão caísse nos EUA, e uma decisão de expandir o número de tropas pode se tornar um problema político para o presidente antes das eleições legislativas do ano que vem.

Com agências internacionais



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