|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FRANÇA
Sob críticas, Sarkozy fecha vendas de US$ 14 bi a Gaddafi
DA REDAÇÃO
A chegada a Paris do ditador líbio, Muammar Gaddafi,
foi precedida de declarações
duras de dois ministros do
presidente Nicolas Sarkozy
sobre os direitos humanos
no país norte-africano.
"A França não é um capacho onde o dirigente da Líbia
poderá limpar o sangue dos
crimes que cometeu", disse
Rama Yade, vice-ministra de
Direitos Humanos.
O presidente francês defendeu o direito de ela se exprimir nesses termos. "É
perfeitamente normal que
ela tenha essas convicções,
que, de certo modo, eu compartilho também."
Por sua vez, o chefe da diplomacia francesa, Bernard
Kouchner, disse acreditar
não ser possível "esquecer o
número de vítimas imputadas" a Gaddafi. Kouchner
não participou do jantar oferecido ontem à noite ao ditador no palácio do Elysée.
Evocou compromissos com a
União Européia e embarcou
para a Alemanha.
Em posição incômoda,
Sarkozy disse que a França
não está negando seu apego
pelos direitos humanos ao
receber Gaddafi. E, de modo
pragmático, evocou o fato de
estar "do lado das empresas
francesas", com as quais
Gaddafi fechou e fechará
bons contratos de compra.
O ditador líbio comprará
da França US$ 14,6 bilhões.
Ontem mesmo anunciou a
opção de compra de 51 aviões
Airbus. Quer também caças
Rafaele, construídos pela
Dassault Aviation, e um reator nuclear da Areva.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Com fim de diálogo, Kosovo exige secessão Próximo Texto: Paquistão: Benazir e Sharif descartam boicote e irritam oposição Índice
|