São Paulo, terça-feira, 11 de dezembro de 2007

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FRANÇA

Sob críticas, Sarkozy fecha vendas de US$ 14 bi a Gaddafi

DA REDAÇÃO

A chegada a Paris do ditador líbio, Muammar Gaddafi, foi precedida de declarações duras de dois ministros do presidente Nicolas Sarkozy sobre os direitos humanos no país norte-africano.
"A França não é um capacho onde o dirigente da Líbia poderá limpar o sangue dos crimes que cometeu", disse Rama Yade, vice-ministra de Direitos Humanos.
O presidente francês defendeu o direito de ela se exprimir nesses termos. "É perfeitamente normal que ela tenha essas convicções, que, de certo modo, eu compartilho também."
Por sua vez, o chefe da diplomacia francesa, Bernard Kouchner, disse acreditar não ser possível "esquecer o número de vítimas imputadas" a Gaddafi. Kouchner não participou do jantar oferecido ontem à noite ao ditador no palácio do Elysée. Evocou compromissos com a União Européia e embarcou para a Alemanha.
Em posição incômoda, Sarkozy disse que a França não está negando seu apego pelos direitos humanos ao receber Gaddafi. E, de modo pragmático, evocou o fato de estar "do lado das empresas francesas", com as quais Gaddafi fechou e fechará bons contratos de compra.
O ditador líbio comprará da França US$ 14,6 bilhões. Ontem mesmo anunciou a opção de compra de 51 aviões Airbus. Quer também caças Rafaele, construídos pela Dassault Aviation, e um reator nuclear da Areva.


Com agências internacionais


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