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Bill Clinton é submetido a cirurgia cardíaca
Após ser internado com dores no peito, ex-presidente americano tem dois "stents" colocados em artéria
JANAINA LAGE
DE NOVA YORK
O ex-presidente dos EUA Bill
Clinton (1993-2001) passou na
tarde de ontem por uma cirurgia cardíaca após ser internado
no Columbia Presbyterian
Hospital, em Nova York, sentindo dores no peito.
Os médicos inseriram dois
"stents" (espécie de mola usada
para desobstruir as artérias)
em uma artéria coronária. A cirurgia foi realizada após uma
consulta ao cardiologista do ex-presidente. Em 2004, Clinton
já havia sido submetido por
uma cirurgia cardíaca no mesmo hospital.
Clinton telefonou para o chefe da cardiologia do hospital há
dois dias, dizendo que não se
sentia bem. Inicialmente, a
consulta estava prevista para
anteontem, mas ele adiou a ida
ao médico para ontem.
A secretária de Estado do governo Barack Obama, Hillary
Clinton, viajou ontem para Nova York para acompanhar o
marido. A Casa Branca anunciou que o presidente Barack
Obama conversou com Clinton
por telefone para desejar-lhe
"rápida recuperação".
O escritório do ex-presidente
divulgou nota após a cirurgia
dizendo que "o presidente
Clinton está com boa disposição e vai continuar a se focar
em seu trabalho na sua fundação para auxiliar o Haiti e os esforços de recuperação no longo
prazo [após o terremoto ocorrido no mês passado]".
Clinton voltou há poucos
dias de sua segunda viagem ao
Haiti após o termor. Ele tem
procurado, como enviado especial da ONU ao país, coordenar
os esforços de reconstrução.
Clinton chegou a se reunir com
Obama e com o ex-presidente
George W. Bush na Casa Branca para discutir a participação
dos EUA no auxílio ao Haiti.
Desde que saiu da Presidência, Clinton tem comando a
Fundação Clinton, que tem
atuação em mais de 40 países.
O ex-presidente tem 63 anos
e um histórico de problemas
cardíacos. Nos últimos anos,
procurou adotar a combinação
de dieta mais saudável e exercícios. Em 2004, ele passou por
cirurgia para aplicação de quatro pontes no coração.
Clinton foi presidente por
dois mandatos, entre 1993 e
2001. Antes disso, ele foi governador do Arkansas. Em seu governo, chegou a sofrer um processo de impeachment, mas
acabou absolvido pelo Senado.
O processo foi resultado do
escândalo de envolvimento sexual com Monica Lewinski, estagiária da Casa Branca. Mesmo assim, ao deixar o cargo ele
teve uma das mais altas taxas
de aprovação para um presidente americano, com 58% de
imagem positiva.
Assim como Obama, Clinton
também elegeu a reforma da
saúde como prioridade, mas
não conseguiu aprová-la.
No ano passado, ele voltou ao
noticiário por ter conduzido a
negociação para trazer de volta
das jornalistas americanas
Laura Ling e Euna Lee que estavam detidas há 140 dias na
Coreia do Norte.
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