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São Paulo, quarta-feira, 12 de março de 2003

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ÁSIA

Alta é de 25% em relação aos cinco anos anteriores

China condena 819 mil à morte ou à prisão perpétua em cinco anos

DA REDAÇÃO

Um total de 819 mil pessoas foram condenadas à morte ou à prisão perpétua na China nos últimos cinco anos, 25% a mais que nos cinco anos anteriores, afirmou ontem Xiao Yang, presidente da Corte Suprema chinesa.
Xiao também disse, em um pronunciamento no Congresso do Povo, que 3,22 milhões de pessoas foram condenadas por vários crimes e delitos no período.
A Justiça chinesa foi mais severa, segundo ele, em relação a "cultos desviantes", como a Fa Lun Gong, crime organizado, tráfico de drogas, sequestro de mulheres e crianças, "editores clandestinos" e separatistas, terroristas e subversivos -que motivaram 1,09 milhão de julgamentos, um aumento de 7% em relação ao quinquênio anterior.
A repressão foi particularmente severa, disse Xiao, em relação a pessoas que "sabotaram a ordem da economia do mercado socialista", ou seja, contrabandistas e autores de fraudes e outros delitos fiscais. O número de condenações por esses delitos aumentou 130% nos últimos cinco anos, disse.
Xiao afirmou que a China intensificou o combate à corrupção oficial, tendo investigado 12.830 funcionários do governo desde 1998, dos quais 2.662 foram condenados por corrupção, 65% a mais que nos cinco anos anteriores.
Pequim não publica estatísticas sobre pena de morte, mas, segundo a Anistia Internacional, em 2001 houve 2.468 execuções na China (cuja população é de quase 1,3 bilhão), 139 no Irã (67 millhões), 79 na Arábia Saudita (23 milhões) e 66 nos EUA (280 milhões) -países responsáveis por 90% das execuções no mundo.


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