São Paulo, sexta-feira, 12 de março de 2004

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Comunidade no Brasil reage com revolta

DA REPORTAGEM LOCAL

Indignação, revolta, luto e perplexidade marcaram as reações da comunidade espanhola no Brasil aos ataques coordenados em Madri.
Pela manhã, no colégio espanhol Miguel de Cervantes, localizado no Morumbi (zona sul de São Paulo), os estudantes fizeram um minuto de silêncio.
As aulas de hoje do colégio foram canceladas, e a festa de boas-vindas aos novos alunos, suspensa.
A direção do colégio adotou um luto de três dias, representado em uma bandeira hasteada a meio mastro.
"É uma tragédia muito grande. Não tenho familiares em Madri, mas me preocupo porque acho que vai mudar o rumo do que acontece na Espanha daqui para frente", afirmou o espanhol Angel Riudalba, 31, presidente no Brasil da empresa Mallory.

Repúdio
Natural do País Basco, criado em Madri e vivendo há 11 anos em São Paulo, o designer de jóias Francisco Orjales, 40, conta que em sua juventude conviveu com ataques violentos, mas nunca imaginou um com as proporções do de ontem.
"Repudio isso totalmente. Toda a minha família mora lá e não consegui falar até agora", disse Orjales.
Para o publicitário José Zaragoza, 71, foi uma "atrocidade". "Dá uma revolta. As pessoas que estavam nos trens não têm culpa de nada, não têm relações políticas, eram trabalhadores", disse.


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