São Paulo, sábado, 12 de março de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

SAIBA MAIS

Imprevisível, fenômeno só pode ser diagnosticado

DE SÃO PAULO

Que o Japão é um país vulnerável a terremotos já se sabe. Mas prever quando eles podem acontecer ainda é um grande desafio.
"A previsão de terremotos é muito limitada. Não conhecemos o suficiente as placas tectônicas", afirma o geofísico Afonso Lopes, do IAG (Instituto de Geofísica, Astronomia e Ciências Atmosféricas), da USP.
Mas levantamentos estatísticos, com dados históricos de terremotos, podem indicar a chance de haver um sismo em certa região.
Além disso, "é possível analisar alguns sinais momentos antes dos grandes terremotos", explica a sismóloga Tereza Higashi Yamabe, da Unesp (Universidade Estadual Paulista).
Por exemplo: tremores localizados, liberação de gases, animais saindo do chão (como cobras) e elevação do solo (como um bolo no forno).
O Japão, que possui tecnologia para detectar esses sinais, aciona rapidamente um alerta à população na suspeita de terremoto.
No caso de tsunamis, causados por um terremoto cujo epicentro fica no mar, o alerta pode ser dado pouco antes da chegada da onda. Mas o deslocamento das placas tectônicas é mais complicado de prever.
"É difícil monitorar o que ocorre a uma profundidade tão grande", diz o geólogo Ticiano José dos Santos, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
No Japão, o tremor da madrugada de ontem -escala 8,9 e profundidade "rasa" (menos de 60 km de profundidade)- foi o maior do país e o sétimo do mundo.
Há quem diga um futuro tremor irá "dividir o país ao meio". Mas, novamente, isso é difícil prever.
(SABINE RIGHETTI E LUIZ GUSTAVO CRISTINO)


Texto Anterior: Tecnologia e precaução minimizam desastres
Próximo Texto: Tragédia piora cenário interno já complicado
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.