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JUSTIÇA
Corte global é criada apesar de críticas dos EUA
DA REDAÇÃO
O sonho de criar um tribunal
penal internacional para julgar os
responsáveis pelos mais hediondos crimes virou realidade ontem
na sede da ONU, em Nova York,
quando o Estatuto de Roma
(1998), que cria o TPI, recebeu
mais dez ratificações, ultrapassando em seis o número mínimo
necessário para entrar em vigor.
A medida foi saudada por diversos grupos de defesa dos direitos humanos e por líderes de países que já ratificaram o tratado,
como a França e o Reino Unido.
Contudo os EUA, a maior potência geopolítica do planeta, reiterou sua oposição à corte global.
Numa cerimônia solene, dez
países -a Bósnia, a Bulgária, o
Camboja, o Congo (ex-Zaire), a
Eslováquia, a Irlanda, a Jordânia,
a Mongólia, o Níger e a Romênia- ratificaram oficialmente o
documento. "Um sonho antigo
acaba de tornar-se realidade",
disse o secretário-geral da ONU,
Kofi Annan, que estava em Roma.
No Brasil, o projeto foi aprovado ontem pela Comissão de
Constituição e Justiça e de Redação da Câmara dos Deputados e
deverá ser votado em plenário em
breve. Após aprovação na Câmara, ele ainda deverá passar por votação no Senado. O Brasil é "favorável" ao estatuto, segundo a assessoria de imprensa do Itamaraty, mas ainda não o ratificou.
O TPI só passará a funcionar em
2003. Ele será vinculado à ONU
por meio de um tratado que ainda
deverá ser negociado. Terá 18 juízes e um promotor-chefe, que terão mandato de nove anos. Ele
julgará acusados de genocídio, de
crimes de guerra e de crimes contra a humanidade.
Com agências internacionais
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