|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Justiça dos EUA concede liberdade a Posada Carriles
Fidel protesta contra soltura de ex-agente da CIA, acusado de atentados em Cuba
O militante anticastrista já esteve preso na Venezuela e escapou da prisão em 1985, quando era julgado por explosão de avião cubano
DA REDAÇÃO
Uma juíza federal dos EUA
recusou anteontem no fim do
dia a apelação da Promotoria
para que voltasse atrás na decisão de soltar sob fiança o cubano naturalizado venezuelano
Luis Posada Carriles.
Carriles, 79, preso nos EUA
por ter entrado ilegalmente no
país, é um militante anticastrista que trabalhou para a CIA
e é acusado em Cuba e na Venezuela pelo atentado a um avião
cubano em 1976.
A decisão da juíza Kathleen
Cardone resultou num protesto do ditador cubano, Fidel
Castro, por meio de artigo publicado no jornal oficial de Cuba, o "Granma". No texto, o terceiro assinado por Fidel desde
que, por motivo de saúde,
transferiu o poder a seu irmão
Raúl, em julho passado, Fidel
acusa o governo americano de
haver libertado um "monstro".
Castro tem dito há tempos que
o governo americano dá proteção a Carriles.
Luis Posada Carriles foi treinado pela CIA para participar
da invasão da baía dos Porcos, a
malfadada tentativa de derrubar Fidel em 1961.
O governo cubano acusa-o de
planejar um atentado contra
um avião da companhia Cubana de Aviación, que explodiu
em pleno ar, em 1976, matando
73 pessoas. Pesa sob o ex-agente da CIA também a acusação
de promover uma série de atentados a bomba em hotéis de
Havana, em 1997, que mataram
uma pessoa.
Poucos dias depois do atentado ao avião, Carriles foi preso
na Venezuela. Ele conseguiu
escapar da prisão anos depois,
em 1985, quando estava sendo
julgado pela explosão do avião.
Em 2000, Carriles foi preso
novamente, no Panamá, e acusado de crimes menores. Ele
saiu do país em 2004, após ser
perdoado pelo então presidente, Mireya Moscoso.
Carriles voltou a ser preso,
em 2005, na Flórida, após entrar ilegalmente nos EUA.
Atualmente ele está sendo processado por ingresso ilegal nos
EUA e por ter mentido a autoridades na tentativa de se naturalizar americano.
O governo venezuelano exige
que Washington cumpra tratados diplomáticos e extradite
Carriles para que ele continue
sendo julgado. A família de Carriles, que vive em Miami, depositou ontem a fiança de US$
250 mil.
Com agências internacionais
Texto Anterior: França: Sarkozy tenta atrair voto árabe e nega acordo secreto Próximo Texto: Equador: Correa prevê vitória em votação e descarta dissolver Parlamento Índice
|