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GUERRA SEM LIMITES
Bush decide mandar mensagem a Damasco, mas evita medidas drásticas; premiê sírio diz que ação é "injusta"
EUA impõem sanções econômicas brandas à Síria
DA ASSOCIATED PRESS
O presidente dos EUA, George
W. Bush, proibiu ontem todas as
exportações do país à Síria, exceto
alimentos e medicamentos, impondo sanções ao país árabe após
inúmeras acusações de que ela
apóia terroristas e mina os esforços americanos no Iraque ao não
impedir a entrada de guerrilheiros no território iraquiano.
As ações do governo sírio no
que tange à sua tentativa de obter
armas de destruição em massa e à
ocupação do Líbano representam
uma "extraordinária ameaça à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA", disse
Bush ao assinar a imposição de
sanções ao país vizinho do Iraque.
A medida também proíbe vôos
entre os dois países, impõe restrições às relações entre bancos
americanos e sírios e autoriza o
Departamento do Tesouro dos
EUA a congelar ativos pertencentes a pessoas sírias ou a organizações envolvidas com o terrorismo, a busca por armas de destruição em massa, a ocupação do Líbano e a insurgência iraquiana.
Há muito tempo, os EUA acusam a Síria de apoiar grupos terroristas e extremistas, como o Hamas (palestino) e o Hizbollah (libanês), e de não impedir a entrada de guerrilheiros no Iraque.
O comércio entre os EUA e a Síria é pequeno, de cerca de US$ 300
milhões por ano. As sanções econômicas vão além do mínimo exigido por uma lei aprovada pelo
Congresso no final de 2003. A lei
dá base legal à medida tomada pelo governo americano ontem.
Bush preferiu, porém, não tomar medidas mais drásticas previstas na lei, como sanções econômicas que proibiriam que empresas americanas fizessem negócios
no país do Oriente Médio.
"O presidente Bush fez o que
podia para mandar uma mensagem à Síria por meio de canais diplomáticos, buscando mostrar a
Damasco que seu apoio ao Hamas e ao Hizbollah deveria acabar. Mas a Síria continuou a
apoiá-los, e as sanções se tornaram inevitáveis", disse a deputada
republicana Ileana Ros-Lehtinen.
Reação síria
Segundo o premiê sírio, Mohammad Naji Otri, as sanções
econômicas impostas pelos EUA
são "injustas e injustificáveis".
"Essas sanções não afetarão a Síria", afirmou Otri. Ele exortou os
EUA a "não causar problemas entre os dois países".
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