São Paulo, quarta-feira, 12 de junho de 2002

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Advogada contesta a legalidade da prisão

DA REDAÇÃO

A advogada de Jose Padilla, ou Abdullah al Muhajir, está questionando, numa corte de Nova York, a legalidade da prisão de seu cliente. "Não há acusações formais [contra Padilla]. A comunidade dos advogados de defesa está enojada", disse Donna Newman. "O governo usou os meio de comunicação para pintá-lo como malfeitor", completou.
O Departamento de Estado passou a custódia de Al Muhajir ao Pentágono, que quer detê-lo por tempo indefinido como "combatente inimigo". Segundo o governo, uma decisão da Suprema Corte de 1942 -durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945)- permitiria tal transferência.
Depois de ter ficado preso em Nova York por algumas semanas, ele foi mandado para uma prisão militar na Carolina do Sul (sudeste). A prisão, ocorrida no dia 8 de maio, quando Padilla desembarcou em Chicago de um vôo proveniente do Paquistão, só foi divulgada segunda-feira.
Jose Padilla, 31, nasceu no Brooklyn, em Nova York. A família, de ascendência porto-riquenha, mudou-se para Chicago quando ele ainda era criança.
Segundo a polícia de Chicago, Padilla esteve envolvido com gangues de rua. Aos 15 anos, ele foi internado em um reformatório por tentativa de roubo. Em Chicago, os ex-vizinhos o descrevem como um garoto quieto, de apelido "Pucho", que gostava de basquete e não se envolvia em confusões.
A conversão ao islamismo veio depois de ter cumprido outras penas no sul da Flórida.
As autoridades americanas afirmam que Padilla/Al Muhajir viajou diversas vezes ao Paquistão e ao Afeganistão depois de setembro. Nessas ocasiões, ele teria se encontrado com Abu Zubaydah, o mais importante integrante da Al Qaeda em poder dos EUA.


Com agências internacionais


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