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Derrota pode levar a renegociação de tratado ou a mudança do status irlandês no bloco
DA FRANCE PRESSE
Não está claro o que poderá
acontecer caso o eleitorado irlandês diga "não" ao Tratado de
Lisboa. Alguns evocam a convocação de outro referendo a
curto prazo. Outros, a possibilidade de a Irlanda, em lugar de
Estado-membro, tornar-se
apenas um país associado à
União Européia.
Há o precedente de 2001,
quando os irlandeses rejeitaram o Tratado de Nice, o texto
que antes dava organicidade ao
bloco, aprovando-o no ano seguinte, depois de emenda que
respeitava a neutralidade militar do país. Mas agora os partidários do "não" são bem mais
segmentados. Vão dos que temem a legalização do aborto
aos que não querem o corte dos
subsídios agrícolas.
Tratado de Nice
Os europeus também podem
abandonar o Tratado de Lisboa
e manter o Tratado de Nice.
Mas a UE tem hoje 27 países,
em lugar de 15 quando aquele
documento entrou em vigor.
Manter a regra da unanimidade
seria paralisar a tomada de decisões coletivas.
Pode-se também, em tese, renegociar o Tratado de Lisboa. A
hipótese é problemática. A Alemanha e Portugal, países empenhados na negociação do tratado, entraram em conflito
com a Polônia, que exigia mudanças de última hora.
A Irlanda poderá tomar a iniciativa de se retirar parcialmente do bloco. Manteria laços
comerciais e permaneceria
com o euro, a moeda unificada.
Mas a retirada não é prevista
pelos atuais textos.
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