São Paulo, quinta-feira, 12 de junho de 2008

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Derrota pode levar a renegociação de tratado ou a mudança do status irlandês no bloco

DA FRANCE PRESSE

Não está claro o que poderá acontecer caso o eleitorado irlandês diga "não" ao Tratado de Lisboa. Alguns evocam a convocação de outro referendo a curto prazo. Outros, a possibilidade de a Irlanda, em lugar de Estado-membro, tornar-se apenas um país associado à União Européia.
Há o precedente de 2001, quando os irlandeses rejeitaram o Tratado de Nice, o texto que antes dava organicidade ao bloco, aprovando-o no ano seguinte, depois de emenda que respeitava a neutralidade militar do país. Mas agora os partidários do "não" são bem mais segmentados. Vão dos que temem a legalização do aborto aos que não querem o corte dos subsídios agrícolas.

Tratado de Nice
Os europeus também podem abandonar o Tratado de Lisboa e manter o Tratado de Nice. Mas a UE tem hoje 27 países, em lugar de 15 quando aquele documento entrou em vigor. Manter a regra da unanimidade seria paralisar a tomada de decisões coletivas.
Pode-se também, em tese, renegociar o Tratado de Lisboa. A hipótese é problemática. A Alemanha e Portugal, países empenhados na negociação do tratado, entraram em conflito com a Polônia, que exigia mudanças de última hora.
A Irlanda poderá tomar a iniciativa de se retirar parcialmente do bloco. Manteria laços comerciais e permaneceria com o euro, a moeda unificada. Mas a retirada não é prevista pelos atuais textos.


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