da Redação

Os russos tem laços étnicos, culturais e históricos com os sérvios. Ambos são eslavos, usam o alfabeto cirílico e são majoritariamente cristãos ortodoxos. A Rússia participou da proposta de paz e criticou a ação da Otan contra a Iugoslávia.
A opinião pública russa foi contra os bombardeios e deputados da Duma (câmara baixa do Parlamento russo) discutiram a possibilidade de fornecer ajuda militar aos iugoslavos. Apenas ajuda humanitária foi enviada.
A Otan bombardeou a Iugoslávia por 78 dias com a intenção de forçar o regime do ditador Slobodan Milosevic a aceitar um acordo com kosovares de origem albanesa.
Antes do conflito, a população de Kosovo era cerca de 90% de origem albanesa (muçulmanos) e 10% de origem sérvia (ortodoxos).
Kosovo é uma Província da Sérvia -República que, com Montenegro, forma a Iugoslávia- e usufruía de certa autonomia até 1989, com polícia própria e ensino em língua albanesa. A cassação da autonomia estimulou o separatismo.
O regime de Milosevic é acusado de promover uma "limpeza étnica", expulsando e matando os kosovares de origem albanesa.
Os iugoslavos afirmavam estar defendendo a integridade territorial e a soberania de seu país.
Kosovo é considerada pelos sérvios o berço de sua identidade nacional. Lá ocorreu uma histórica batalha perdida para os turcos otomanos (muçulmanos) em 1389, que dominaram a região por quase 600 anos.


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