DA REDAÇÃO

O premiê do Peru, Roberto Daniño, e o ministro da Economia, Pedro Pablo Kuczynski, renunciaram a seus cargos ontem. Agora já são três integrantes do gabinete do presidente do Peru, Alejandro Toledo, que decidiram sair do governo em meio a um agravamento da situação política e econômica do país.
Eles afirmaram que estavam renunciando porque Toledo quer "contar com um gabinete mais político a partir de agora".
Na segunda-feira, o então ministro das Relações Exteriores peruano, Diego García Sayán, deixou o cargo. No dia 2 de julho, todos os ministros colocaram seus cargos à disposição de Toledo, mas as renúncias não se concretizaram naquele dia.
A saída de Kuczynski era reclamada havia vários meses por opositores, sindicatos e especialmente pelo ex-presidente Alan García (1985-90), que disputou o segundo turno com Toledo.
Em junho passado, Toledo teve de suspender a privatização das empresas de energia elétrica do sul do país para abrandar protestos violentos na região.
Alguns políticos da oposição chegaram até a pedir a renúncia do presidente, eleito em 2001 para mandato de cinco anos. Segundo pesquisas, 80% da população desaprovam o governo de Toledo.
Novo gabinete deve ser anunciado hoje ou na semana que vem.