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São Paulo, sábado, 12 de julho de 2003

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HONG KONG

Governo é acusado de menosprezar protesto contra lei anti-subversão
A administração de Hong Kong foi acusada ontem de ter diminuído para o governo chinês a importância do principal protesto contra a lei anti-subversão, que reuniu cerca de 500 mil pessoas no dia 1º deste mês.
A informação recebida em Pequim antes da manifestação teria sido a de que só 30 mil pessoas participariam do protesto.
Segundo o secretário-geral do principal partido pró-Pequim em Hong Kong, Ma Lik, a atitude deixou os líderes chineses "chocados" e "descontentes" depois que eles viram o número de manifestantes que acabou participando do protesto.
A acusação aumenta a pressão para que o administrador de Hong Kong, Tung Chee-hwa, renuncie ao seu cargo.
"A situação ficou muito distante do que Pequim inicialmente esperava", afirmou Ma.
Em defesa de Tung, Lau Siu-kai, conselheiro do administrador de Hong Kong, disse que não foram feitas previsões.
O governo comunista chinês quer que seja aprovada em Hong Kong uma lei anti-subversão como parte de uma "Miniconstituição" para a ilha, que pertencia ao Reino Unido e foi reincorporada à China em 1997.
A lei prevê penas de prisão perpétua para crimes como subversão e traição. Os que são contrários à legislação afirmam que ela impõe restrições sobre as liberdades de expressão e de organização.
Com a oposição maciça da população, o administrador de Hong Kong foi forçado a recuar em alguns itens da lei e a adiar o cronograma de aprovação.
O governo chinês também mandou um grupo de representantes a Hong Kong para acompanhar o andamento do caso.
Na última quarta-feira, mais 50 mil pessoas protestaram em Hong Kong contra a lei anti-subversão e pediram a renúncia do administrador.


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