São Paulo, segunda-feira, 12 de julho de 2004

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EUA

Pesquisa analisou níveis de felicidade de 16 mil pessoas

Dinheiro compra mais felicidade, não mais sexo, tenta provar estudo

ERIC DASH
DO "NEW YORK TIMES"

Proverbialmente, dinheiro não compra amor nem felicidade, apenas sexo. Mas ninguém havia tentado provar isso até então.
Recentemente, no entanto, dois economistas, David G. Blanchflower, da Faculdade de Dartmouth (EUA), e Andrew J. Oswald, da Universidade Warwick (Reino Unido), apresentaram um trabalho Intitulado "Dinheiro, Sexo e Felicidade: Um Estudo Empírico" à Agência Nacional de Pesquisa Econômica, uma das principais organizações de sua área.
Os autores dizem que seu estudo é o primeiro com rigor econométrico a analisar o tema e que a sabedoria tradicional pode precisar de uma revisão.
Como diz o estudo: "Dinheiro parece comprar mais felicidade. Mas não compra mais sexo nem mais parceiros sexuais". A pesquisa concluiu que os homens que pagaram a prostitutas para ter relações sexuais disseram sentir-se menos felizes.
Os pesquisadores estão entre os líderes no campo da "felicidade econômica", que aplica técnicas de econometria -usadas para quantificar problemas como curvas salariais- na área da emoção humana.
No estudo, Blanchflower e Oswald analisaram a atividade sexual e os níveis de felicidade de mais de 16 mil adultos norte-americanos que participaram de pesquisas sociais desde o começo da década de 90. (Sabidamente, é difícil definir a felicidade, e a pesquisa não tenta fazer isso; os participantes apenas lembram o quanto felizes eles acreditavam estar, em uma escala.) Tirando os efeitos de outros eventos da vida, o estudo mostrou, para surpresa de ninguém, que, "quanto mais sexo, mais feliz a pessoa".
Além disso, os economistas compararam os níveis de felicidade produzidos por uma vida sexual vigorosa com outras atividades cujos valores econômicos tinham sido calculados em uma pesquisa anterior.
Isso permitiu que calculassem, em dólares, quanta felicidade vale o sexo. Os economistas estimaram que aumentar a freqüência sexual de uma vez por mês para ao menos uma vez por semana produz tanta felicidade quanto pôr US$ 50 mil no banco.


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