São Paulo, terça-feira, 12 de julho de 2005

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IMPRENSA

Governo recua sobre papel de assessor de Bush

DA REDAÇÃO

A Casa Branca mudou de posição e se recusou a comentar ontem o suposto envolvimento de Karl Rove -o principal estrategista do governo e um dos assessores mais próximos do presidente George W. Bush- no vazamento do nome de uma agente secreta da CIA, há dois anos. Até então, o governo vinha negando que Rove tivesse divulgado o nome da espiã Valerie Plame a jornalistas, e Bush prometia demitir o responsável pelo vazamento.
O porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, foi indagado mais de 30 vezes durante seu briefing a jornalistas sobre o papel de Rove e sua manutenção no cargo. Sucessivamente, disse que não comentaria a questão por envolver uma "investigação em curso".
Segundo informou a edição desta semana da revista "Newsweek", foi Rove -que é o vice-chefe de gabinete de Bush- que passou o nome de Plame a jornalistas depois que o marido dela, o diplomata Joseph Wilson, atacou o governo em artigo no "New York Times".
"Ninguém quer ir até o fim [dessa história] mais do que o presidente dos EUA, e acho que o melhor modo de ajudar é não comentar o caso enquanto a investigação estiver em curso", disse McClellan. "Foi isso que as pessoas que cuidam da investigação nos pediram", afirmou. "Sei o que foi dito antes. Terei prazer em falar a respeito na hora adequada."
Os democratas estão pressionando Bush a demitir Rove, que, segundo a "Newsweek", passou o nome por e-mail a jornalistas. Uma repórter do "Times" que recebeu a informação, Judith Miller, foi presa na semana passada por se recusar a revelar sua fonte.


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