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IMPRENSA
Governo recua sobre papel de assessor de Bush
DA REDAÇÃO
A Casa Branca mudou de posição e se recusou a comentar ontem o suposto envolvimento de
Karl Rove -o principal estrategista do governo e um dos assessores mais próximos do presidente George W. Bush- no vazamento do nome de uma agente
secreta da CIA, há dois anos. Até
então, o governo vinha negando
que Rove tivesse divulgado o nome da espiã Valerie Plame a jornalistas, e Bush prometia demitir
o responsável pelo vazamento.
O porta-voz da Casa Branca,
Scott McClellan, foi indagado
mais de 30 vezes durante seu briefing a jornalistas sobre o papel de
Rove e sua manutenção no cargo.
Sucessivamente, disse que não
comentaria a questão por envolver uma "investigação em curso".
Segundo informou a edição
desta semana da revista "Newsweek", foi Rove -que é o vice-chefe de gabinete de Bush- que
passou o nome de Plame a jornalistas depois que o marido dela, o
diplomata Joseph Wilson, atacou
o governo em artigo no "New
York Times".
"Ninguém quer ir até o fim
[dessa história] mais do que o
presidente dos EUA, e acho que o
melhor modo de ajudar é não comentar o caso enquanto a investigação estiver em curso", disse
McClellan. "Foi isso que as pessoas que cuidam da investigação
nos pediram", afirmou. "Sei o que
foi dito antes. Terei prazer em falar a respeito na hora adequada."
Os democratas estão pressionando Bush a demitir Rove, que,
segundo a "Newsweek", passou o
nome por e-mail a jornalistas.
Uma repórter do "Times" que recebeu a informação, Judith Miller,
foi presa na semana passada por
se recusar a revelar sua fonte.
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