São Paulo, quarta-feira, 12 de julho de 2006

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Ataque aéreo de Israel em Gaza deixa 7 mortos; 2 são crianças

Ofensiva se expande, e tropas ingressam na zona central da faixa de Gaza

DA REDAÇÃO

Em uma nova fase da ofensiva militar de Israel em busca da libertação do soldado seqüestrado por grupos radicais palestinos, aviões israelenses realizaram na madrugada de ontem dois ataques aéreos na Cidade de Gaza que culminaram na morte de ao menos sete pessoas, entre elas, duas crianças.
Um dos ataques explodiu a residência de Nabil al Salmiah, um conhecido membro Hamas, no bairro de Sheik Radwan, reduto do grupo terrorista. Com a força da explosão, a casa de três andares desabou.
Ao menos 18 pessoas ficaram feridas, entre elas Abu Anas al Ghandour, comandante do braço armado do Hamas no norte da faixa de Gaza. De acordo com palestinos, ocorria uma reunião com comandantes do Hamas no casa pouco antes do ataque.
"Houve um ataque contra uma estrutura no norte da faixa de Gaza usada por altos membros do grupo terrorista Hamas", disse uma porta-voz do Exército israelense. "Seguindo informações de inteligência, foi decidido alvejá-los para evitar futuros ataques."
Minutos mais tarde, um carro no mesmo bairro foi bombardeado, deixando três pessoas feridas, segundo testemunhas.

Incursão
Além dos ataques aéreos, tropas e tanques israelenses começaram a se movimentar no sul e no centro da faixa de Gaza durante a madrugada. Segundo o jornal israelense "Haaretz", é a primeira vez que Israel entra na zona central da faixa desde o início da operação, há duas semanas.
A incursão se deu por dois pontos: pela cidade de Khan Younis e por uma área próxima ao campo de refugiados palestinos de Deir Balah.
Segundo testemunhas, um policial palestino morreu em confronto com soldados israelenses em Deir Balah.
A decisão de expandir a ofensiva foi tomada durante reuniões entre o premiê de Israel, Ehud Olmert, e o ministro da Defesa, Amir Peretz.
Olmert, que recusou uma proposta de cessar-fogo anteontem, disse que a operação mostrará aos militantes que o terrorismo não compensa.


Com agências internacionais

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