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São Paulo, sexta-feira, 12 de setembro de 2003

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EUA divulgam alerta sobre novos ataques

FERNANDO CANZIAN
DE WASHINGTON

No dia do segundo aniversário dos atentados de 11 de Setembro, os EUA emitiram um alerta para a possibilidade de um ataque iminente da rede terrorista Al Qaeda no país e ao redor do mundo.
Em mais uma demonstração de endurecimento, os EUA anunciaram também que não pretendem julgar nenhuma das 660 pessoas, de 42 países, presas na base de Guantánamo, em Cuba, acusadas de terrorismo. "Vamos mantê-los fora das ruas enquanto durar a guerra global contra o terrorismo", afirmou o secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, que ontem participou de uma cerimônia no cemitério de Arlington, em Washington, em homenagem aos 184 mortos no atentado contra o Pentágono.
O presidente dos EUA, George W. Bush, disse que o 11 de Setembro -agora batizado como "Patriot Day"- é uma data "triste e terrível", que deve ser lembrada em respeito aos mortos. Pela manhã, Bush e sua mulher, Laura, participaram de uma missa em igreja perto da Casa Branca.
Cerca de uma hora depois, na companhia do vice-presidente, Dick Cheney, e da mulher, Lynne, o casal Bush conduziu uma cerimônia que guardou um minuto de silêncio nos jardins da Casa Branca. A homenagem ocorreu a partir das 8h46 (o exato momento em que o primeiro avião sequestrado atingiu o World Trade Center) e contou com a participação de cerca de mil funcionários da Casa Branca. No ano passado, Bush visitou os três locais que marcaram os atentados -Nova York, o Pentágono e um campo na Pensilvânia onde um quarto avião sequestrado caiu. À tarde, Bush e Laura visitaram um hospital onde cerca de 30 soldados feridos no Iraque são tratados.
Familiares das vítimas dos atentados e de soldados atualmente no Afeganistão e Iraque também fizeram cerimônias menores em vários pontos da cidade ontem.
Apesar do alerta do Departamento de Estado sobre novos ataques, os EUA mantiveram ontem a cor "amarela" (intermediária em uma escala de cinco cores) para sinalizar o risco de uma ameaça terrorista.
Em entrevista pela manhã, o secretário de Segurança Interna, Tom Ridge, disse que os EUA "continuam sendo o principal alvo dos terroristas".


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