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EUA divulgam alerta sobre novos ataques
FERNANDO CANZIAN
DE WASHINGTON
No dia do segundo aniversário
dos atentados de 11 de Setembro,
os EUA emitiram um alerta para a
possibilidade de um ataque iminente da rede terrorista Al Qaeda
no país e ao redor do mundo.
Em mais uma demonstração de
endurecimento, os EUA anunciaram também que não pretendem
julgar nenhuma das 660 pessoas,
de 42 países, presas na base de
Guantánamo, em Cuba, acusadas
de terrorismo. "Vamos mantê-los
fora das ruas enquanto durar a
guerra global contra o terrorismo", afirmou o secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, que ontem participou de uma cerimônia
no cemitério de Arlington, em
Washington, em homenagem aos
184 mortos no atentado contra o
Pentágono.
O presidente dos EUA, George
W. Bush, disse que o 11 de Setembro -agora batizado como "Patriot Day"- é uma data "triste e
terrível", que deve ser lembrada
em respeito aos mortos. Pela manhã, Bush e sua mulher, Laura,
participaram de uma missa em
igreja perto da Casa Branca.
Cerca de uma hora depois, na
companhia do vice-presidente,
Dick Cheney, e da mulher, Lynne,
o casal Bush conduziu uma cerimônia que guardou um minuto
de silêncio nos jardins da Casa
Branca. A homenagem ocorreu a
partir das 8h46 (o exato momento
em que o primeiro avião sequestrado atingiu o World Trade Center) e contou com a participação
de cerca de mil funcionários da
Casa Branca. No ano passado,
Bush visitou os três locais que
marcaram os atentados -Nova
York, o Pentágono e um campo
na Pensilvânia onde um quarto
avião sequestrado caiu. À tarde,
Bush e Laura visitaram um hospital onde cerca de 30 soldados feridos no Iraque são tratados.
Familiares das vítimas dos atentados e de soldados atualmente
no Afeganistão e Iraque também
fizeram cerimônias menores em
vários pontos da cidade ontem.
Apesar do alerta do Departamento de Estado sobre novos ataques, os EUA mantiveram ontem
a cor "amarela" (intermediária
em uma escala de cinco cores) para sinalizar o risco de uma ameaça
terrorista.
Em entrevista pela manhã, o secretário de Segurança Interna,
Tom Ridge, disse que os EUA
"continuam sendo o principal alvo dos terroristas".
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