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Autorização para uma ação militar
é aprovada também no Senado
DA REDAÇÃO
O Senado dos EUA acompanhou a decisão da Câmara e deu
autorização ao presidente George
W. Bush para atacar o Iraque, se
isso se fizer necessário para desarmar o regime do ditador Saddam
Hussein, a quem Washington
acusa de estar desenvolvendo armas de destruição em massa.
Por 77 votos a favor contra 23, a
Casa, dominada pelos democratas, aprovou a resolução durante a
madrugada de ontem. A Câmara,
que tem maioria republicana, havia aprovado a mesma resolução
algumas horas antes, na noite de
quinta, por 296 a 133.
O senador Tom Daschle, líder
da maioria democrata na Casa,
votou a favor da resolução. Daschle vinha se destacando nas últimas semanas como feroz crítico
ao intento de Bush de ir à guerra.
Daschle indicou que houve uma
negociação com a Casa Branca,
que teria se comprometido a dar,
a cada 60 dias, justificativas das
ações eventualmente empreendidas. "Acho que houve um consenso de que devemos ser cuidadosos em relação ao uso de pessoal e de material militares", disse.
O presidente comemorou.
"Com a votação no Senado, os
EUA passam a falar com uma só
voz", disse Bush.
Apesar de ter as mãos livres para agir, analistas afirmam que o
presidente vai antes pressionar
por uma resolução do Conselho
de Segurança (CS) da ONU.
Bush espera contar com o apoio
das Nações Unidas por dois grandes motivos: legitimar internacionalmente um eventual ataque e
dividir os custos da ação militar
com outros países. França, Rússia
e China, porém, têm se mostrado
recalcitrantes. Os três países têm,
com os EUA e o Reino Unido, poder de veto no CS.
Ontem, em encontro em Moscou com o premiê britânico, Tony
Blair, o presidente russo, Vladimir Putin, recusou-se a dar apoio
a uma resolução da ONU que preveja o uso da força militar como
opção automática.
Putin afirmou, porém, que aceita conversar sobre uma resolução
que dê aos inspetores de armas da
ONU condições adequadas para
trabalhar no Iraque.
Hillary Clinton
Cinco manifestantes realizaram
um protesto pacífico dentro do
escritório da senadora Hillary Rodham Clinton, em Manhattan,
exigindo que ela votasse contra a
autorização de guerra ao Iraque.
Hillary, democrata de Nova York,
votou a favor da resolução, dizendo ter sido a "decisão mais difícil"
de sua vida.
Com agências internacionais
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