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Marines fazem pressão para sair do Iraque e ir para o Afeganistão
Plano, sob análise, otimizaria operações militares dos EUA nos dois países
DA REDAÇÃO
O comando dos marines -o
corpo de Fuzileiros Navais dos
EUA- pressiona o governo para que suas forças deixem o Iraque e sejam alocadas no Afeganistão, informou ontem o "New
York Times". Segundo o jornal,
a proposta foi levantada em
reunião realizada na semana
passada entre o secretário da
Defesa dos EUA, Robert Gates,
os membros do Estado-Maior
das Forças Armadas e comandantes militares americanos.
O objetivo do remanejamento, que, segundo o "Times", ainda está sob análise, seria permitir aos marines e ao Exército
operarem com mais eficácia
nas duas guerras em que estão
envolvidos. Com a saída dos
marines do Iraque, caberia ao
Exército um papel maior naquele país; ao passo que os Fuzileiros Navais seriam a principal força americana presente
no Afeganistão, onde a ação hoje está sob o comando da Otan
(aliança militar ocidental).
Atualmente, os marines são
cerca de 25 mil dos 160 mil militares dos EUA alocados no
Iraque; já entre os 26 mil soldados dos EUA no Afeganistão
não há nenhum grande destacamento dessa Arma.
"Eu não vi nenhum plano;
ninguém veio a mim com nenhuma proposta desse tipo",
disse o secretário Gates ontem,
em Londres.
Segundo o "Times", o Pentágono se recusou a comentar a
notícia. O jornal diz ainda que a
proposta dos marines indica
que uma retirada total não
acontecerá nos próximos anos.
Os marines são uma força de
combate criada para lutar em
conjunto com outras forças
-eles são levados pelo mar em
navios da Marinha e, no Iraque,
mesclam-se aos soldados do
Exército.
Consentimento
Além de comentar o caso dos
marines, Gates falou em Londres sobre os planos de retirada
das tropas britânicas do Iraque.
Anunciada há quatro dias pelo premiê do Reino Unido, Gordon Brown, a meta consiste na
retirada de metade dos 5.000
militares britânicos no país do
Oriente Médio, onde eles são a
segunda força após os EUA, até
meados do ano que vem. Brown
deixou em aberto a possibilidade de levar para casa os soldados restantes até o fim de 2008.
Segundo Gates, a decisão dos
britânicos teve consentimento
total dos EUA, e o Reino Unido
permanece sendo "o mais próximo aliado da América".
Com agências internacionais e "New York Times"
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