Reuters

Equipes de resgate procuram sobreviventes em meio a escombros em Foggia, na Itália

das agências internacionais

Um edifício de seis andares desabou na madrugada de ontem na cidade de Foggia (350 km a sudeste de Roma), matando ao menos 13 pessoas. Segundo estimativas da prefeitura, pode haver mais 50 moradores soterrados.
O desabamento reduziu o edifício a uma pilha de escombros de 5 m. Estima-se que ao menos 70 pessoas estivessem dentro do prédio, localizado em um bairro popular da cidade.
Equipes de resgate e bombeiros escavavam os escombros na tentativa de achar sobreviventes. Mais de 400 pessoas participam das buscas. Até a tarde de ontem, tinham sido encontrados 13 corpos. Ao menos 17 pessoas, incluindo duas crianças, foram retiradas vivas.
Na tarde de ontem, materiais, provavelmente colchões, começaram a pegar fogo sob os escombros, ameaçando possíveis sobreviventes, que poderiam se intoxicar com a fumaça.
Uma das hipóteses para a causa do acidente é a de falha estrutural. A ministra do Interior, Rosa Russo Jervolino, descartou, no entanto, a possibilidade de que o imóvel tenha sido mal construído.
"Neste momento penso que podemos excluir a possibilidade de que o edifício tenha sido construído irregularmente. O prédio foi erguido com a aprovação das autoridades competentes", disse.
O premiê italiano, Massimo D'Alema, foi até o local do acidente. O papa João Paulo 2º enviou suas condolências.
As primeiras hipóteses sobre as causas do acidente vão de uso de material inadequado a infiltração de água nas colunas de sustentação no subsolo.
O prefeito de Foggia, Paolo Agostinacchio, afirmou que a cidade está repleta de lençóis d'água. Entretanto disse que a região onde ficava o edifício não estava incluída entre as áreas de risco.
Ele afirmou acreditar que o acidente se deva a problemas estruturais. Por precaução, um edifício vizinho foi esvaziado.
Segundo moradores, um dos desaparecidos é o construtor do imóvel, Antonio Delli Carri, responsável pela construção de outros três prédios na mesma rua.
O observatório sismológico local disse que houve deslocamento do terreno sob o prédio, o que pode ter feito com que os pilares de sustentação perdessem apoio.
O Instituto Nacional de Urbanística divulgou comunicado dizendo que o desabamento pode ter sido causado pelas condições do solo no qual a estrutura foi erguida. O prédio foi construído nos anos 70, época em que a Itália viveu um "boom" imobiliário.
"No período da maciça construção de edifícios, nos anos 60 e 70, nossos bairros eram erguidos muitas vezes sem que houvesse um plano urbanístico que levasse em consideração os levantamentos geológicos necessários."


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