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OUTRO LADO
Para Israel, outros países fariam o mesmo
DA REDAÇÃO
O governo israelense afirma que a barreira para separar o seu território da Cisjordânia visa impedir a infiltração de terroristas palestinos
em Israel.
O premiê israelense, Ariel
Sharon, disse que a barreira
não é uma medida para estabelecer a fronteira entre Israel e o futuro Estado palestino. "A barreira não é política", afirmou.
O ministro da Defesa de Israel, Shaul Mofaz, em visita a
Washington, acrescentou:
"Se qualquer outro país vivesse a nossa realidade, com
o aeroporto internacional na
linha de alcance de mísseis
antiaéreos, o seu governo tomaria pelo menos essa medida [de construir a barreira]. Estamos fazendo isso
para garantir a segurança
dos cidadãos israelenses".
A maior parte das dezenas
de atentados suicidas que
aconteceram em Israel foi
cometida por meio de infiltrações a partir da Cisjordânia. Infiltrações desde a faixa
de Gaza são raras, pois a
fronteira é bem mais fortificada. O vice-ministro da Defesa de Israel, Zeev Boim,
disse que a barreira, no estágio atual, já está produzindo
efeitos positivos. "As infiltrações diminuíram."
Segundo Boim, a barreira
não pretende deixar os palestinos cercados. Portões ao
longo dela permitem, de
acordo como o vice-ministro, que os fazendeiros palestinos tenham acesso às
outras áreas palestinas.
Os palestinos que perderem terras para a construção
da barreira serão, segundo o
israelense, compensados financeiramente. Os trechos
nos quais a barreira avança
para dentro da Cisjordânia,
segundo Israel, foram construídos para dar segurança
aos assentamentos judaicos
no lado palestino.
Com agências internacionais
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