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São Paulo, quarta-feira, 12 de novembro de 2003

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OUTRO LADO

Para Israel, outros países fariam o mesmo

DA REDAÇÃO

O governo israelense afirma que a barreira para separar o seu território da Cisjordânia visa impedir a infiltração de terroristas palestinos em Israel.
O premiê israelense, Ariel Sharon, disse que a barreira não é uma medida para estabelecer a fronteira entre Israel e o futuro Estado palestino. "A barreira não é política", afirmou.
O ministro da Defesa de Israel, Shaul Mofaz, em visita a Washington, acrescentou: "Se qualquer outro país vivesse a nossa realidade, com o aeroporto internacional na linha de alcance de mísseis antiaéreos, o seu governo tomaria pelo menos essa medida [de construir a barreira]. Estamos fazendo isso para garantir a segurança dos cidadãos israelenses".
A maior parte das dezenas de atentados suicidas que aconteceram em Israel foi cometida por meio de infiltrações a partir da Cisjordânia. Infiltrações desde a faixa de Gaza são raras, pois a fronteira é bem mais fortificada. O vice-ministro da Defesa de Israel, Zeev Boim, disse que a barreira, no estágio atual, já está produzindo efeitos positivos. "As infiltrações diminuíram."
Segundo Boim, a barreira não pretende deixar os palestinos cercados. Portões ao longo dela permitem, de acordo como o vice-ministro, que os fazendeiros palestinos tenham acesso às outras áreas palestinas.
Os palestinos que perderem terras para a construção da barreira serão, segundo o israelense, compensados financeiramente. Os trechos nos quais a barreira avança para dentro da Cisjordânia, segundo Israel, foram construídos para dar segurança aos assentamentos judaicos no lado palestino.


Com agências internacionais


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