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Assessor divulga código de ética da transição
DE WASHINGTON
No primeiro encontro da imprensa com a equipe de transição de Barack Obama em Washington, o coordenador John
Podesta disse que nenhum dos
cargos principais do gabinete
do presidente eleito será anunciado nesta semana, que o processo de mudança de governo
custará US$ 12 milhões e que os
membros do grupo obedecerão
a um código de ética.
Segundo John Podesta, os
primeiros cargos a serem anunciados serão na área econômica
e de segurança nacional, mas
isso deve acontecer só na semana que vem ou mesmo na outra.
Espera-se que nas próximas
horas o comando de Obama
anuncie o próximo porta-voz
da Casa Branca, cargo que deve
ficar com Robert Gibbs, que foi
coordenador de comunicação
da campanha do democrata.
Os importantes secretários
de Tesouro, Estado e Defesa, no
entanto, ficam para depois da
reunião do G20, que acontece
neste fim de semana em Washington. Podesta sugeriu mesmo que parte deles pode sair
apenas depois do Dia de Ação
de Graças, feriado comemorado em 27 de novembro. Desde
de John Kennedy, em 1960,
"nenhum presidente, com exceção de Bush pai, indicou nomes [principais] do gabinete
antes de dezembro", disse.
Indagado sobre a possibilidade de Robert Gates permanecer
no posto, o coordenador de
transição disse apenas que o
presidente eleito "tem grande
respeito" pelo atual secretário
de Defesa. Podesta adiantou
também que os anúncios devem ser feitos por Obama a partir de sua base política em Chicago, e não em Washington.
Do total de custo do processo
de transição, US$ 5,4 milhões
serão bancados pelo Congresso, e o resto, por doadores. O limite para contribuição individual será de US$ 5.000, e os nomes dos doadores serão divulgados no site change.gov.
Podesta anunciou também
que o comando de transição
lançou uma série de regras estritas antilobby para os membros da equipe de transição,
que já chega a 450 pessoas e já
tem representantes atuando
nos principais departamentos
do atual governo.
Entre as regras, está a proibição de lobistas federais de
exercer a função enquanto estiverem na equipe de transição;
o impedimento de quem fez
lobby nos últimos 12 meses de
trabalhar na mesma área de
atuação na transição; e uma carência de 12 meses depois da
posse de futuros lobistas de
atuarem junto ao governo na
mesma área que atuaram durante a transição.
"São as regras mais estritas
jamais aplicadas numa equipe
de transição", gabou-se Podesta, que confirmou ainda que
Obama não participará da reunião do G20 e afirmou que o
presidente eleito não se encontrará com líderes estrangeiros
-nem mesmo paralelamente à
cúpula.
(SD)
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