São Paulo, quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Assessor divulga código de ética da transição

DE WASHINGTON

No primeiro encontro da imprensa com a equipe de transição de Barack Obama em Washington, o coordenador John Podesta disse que nenhum dos cargos principais do gabinete do presidente eleito será anunciado nesta semana, que o processo de mudança de governo custará US$ 12 milhões e que os membros do grupo obedecerão a um código de ética.
Segundo John Podesta, os primeiros cargos a serem anunciados serão na área econômica e de segurança nacional, mas isso deve acontecer só na semana que vem ou mesmo na outra.
Espera-se que nas próximas horas o comando de Obama anuncie o próximo porta-voz da Casa Branca, cargo que deve ficar com Robert Gibbs, que foi coordenador de comunicação da campanha do democrata.
Os importantes secretários de Tesouro, Estado e Defesa, no entanto, ficam para depois da reunião do G20, que acontece neste fim de semana em Washington. Podesta sugeriu mesmo que parte deles pode sair apenas depois do Dia de Ação de Graças, feriado comemorado em 27 de novembro. Desde de John Kennedy, em 1960, "nenhum presidente, com exceção de Bush pai, indicou nomes [principais] do gabinete antes de dezembro", disse.
Indagado sobre a possibilidade de Robert Gates permanecer no posto, o coordenador de transição disse apenas que o presidente eleito "tem grande respeito" pelo atual secretário de Defesa. Podesta adiantou também que os anúncios devem ser feitos por Obama a partir de sua base política em Chicago, e não em Washington.
Do total de custo do processo de transição, US$ 5,4 milhões serão bancados pelo Congresso, e o resto, por doadores. O limite para contribuição individual será de US$ 5.000, e os nomes dos doadores serão divulgados no site change.gov.
Podesta anunciou também que o comando de transição lançou uma série de regras estritas antilobby para os membros da equipe de transição, que já chega a 450 pessoas e já tem representantes atuando nos principais departamentos do atual governo.
Entre as regras, está a proibição de lobistas federais de exercer a função enquanto estiverem na equipe de transição; o impedimento de quem fez lobby nos últimos 12 meses de trabalhar na mesma área de atuação na transição; e uma carência de 12 meses depois da posse de futuros lobistas de atuarem junto ao governo na mesma área que atuaram durante a transição.
"São as regras mais estritas jamais aplicadas numa equipe de transição", gabou-se Podesta, que confirmou ainda que Obama não participará da reunião do G20 e afirmou que o presidente eleito não se encontrará com líderes estrangeiros -nem mesmo paralelamente à cúpula. (SD)


Texto Anterior: Obama pressiona Bush sobre montadoras
Próximo Texto: Saiba mais: Tratado move lobbies em Washington
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.