São Paulo, quinta-feira, 12 de novembro de 2009

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JUSTIÇA

Jornal britânico é condenado por difamar premiê iraquiano

DA REDAÇÃO

Um tribunal do Iraque ordenou ontem o jornal britânico "The Guardian" a pagar 58 mil (R$ 148 mil) ao primeiro-ministro do país, Nuri al Maliki, após condenar a publicação por difamar a figura do político em um artigo que o descrevia como "cada vez mais autocrático".
O artigo fora escrito em abril por Ghaith Abdul-Ahad e citava três membros do serviço de inteligência, que disseram que o premiê começava a governar de forma autoritária.
Segundo o testemunho de três especialistas do sindicato de jornalistas iraquianos, o texto não era difamatório. Mas a corte levou em conta só a opinião de um painel formado por cinco pessoas. Elas disseram que lei de mídia do país impede estrangeiros de publicarem artigos críticos ao premiê ou ao presidente, ignorando o fato de que Abdul-Ahad é iraquiano.
O editor do "Guardian", Alan Rusbridger, disse que irá recorrer. "Liberdade significa pouco sem liberdade de expressão -e significa ainda menos se um chefe de governo tenta usar a lei de difamação para punir críticas ou dissidência. Iremos contestar vigorosamente esse julgamento", afirmou.
Para o jornal, "Maliki tem retratado repetidamente a liberdade de imprensa como essencial para os esforços de construção da nação". Contudo, autoridades tornaram-se "sensíveis" antes da eleição geral marcada para 21 de janeiro próximo.


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