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JUSTIÇA
Jornal britânico é condenado por difamar premiê iraquiano
DA REDAÇÃO
Um tribunal do Iraque ordenou ontem o jornal britânico "The Guardian" a pagar
58 mil (R$ 148 mil) ao primeiro-ministro do país, Nuri
al Maliki, após condenar a
publicação por difamar a figura do político em um artigo que o descrevia como "cada vez mais autocrático".
O artigo fora escrito em
abril por Ghaith Abdul-Ahad
e citava três membros do serviço de inteligência, que disseram que o premiê começava a governar de forma autoritária.
Segundo o testemunho de
três especialistas do sindicato de jornalistas iraquianos,
o texto não era difamatório.
Mas a corte levou em conta
só a opinião de um painel
formado por cinco pessoas.
Elas disseram que lei de mídia do país impede estrangeiros de publicarem artigos
críticos ao premiê ou ao presidente, ignorando o fato de
que Abdul-Ahad é iraquiano.
O editor do "Guardian",
Alan Rusbridger, disse que
irá recorrer. "Liberdade significa pouco sem liberdade
de expressão -e significa
ainda menos se um chefe de
governo tenta usar a lei de difamação para punir críticas
ou dissidência. Iremos contestar vigorosamente esse
julgamento", afirmou.
Para o jornal, "Maliki tem
retratado repetidamente a liberdade de imprensa como
essencial para os esforços de
construção da nação". Contudo, autoridades tornaram-se "sensíveis" antes da eleição geral marcada para 21 de
janeiro próximo.
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