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COLÔMBIA
Além do complô, polícia frustra ataque com carro-bomba guiado à distância
Uribe diz ter escapado de atentado
DA REDAÇÃO
O presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, cancelou abruptamente uma aparição em um hotel ontem e foi levado às pressas de
helicóptero para uma base militar, em meio a informações de
que rebeldes planejavam matá-lo.
"Nunca podemos perder a tranquilidade", disse ele a repórteres.
após deixar a base militar. "Porém é preciso ser prudente",
acrescentou o presidente.
Uribe, que sofreu uma tentativa
de assassinato em abril, durante a
campanha à Presidência, parecia
calmo após o episódio. O suposto
ataque seria cometido em Medellín, sua cidade natal.
A ministra da Defesa colombiana, Marta Lucía Ramírez, disse
que rebeldes aparentemente planejavam matar Uribe durante
uma aparição que ele faria no Hotel Intercontinental de Medellín.
A base para a qual Uribe foi levado fica na mesma cidade.
Controle remoto
Em Bogotá, a polícia anunciou
ter abortado um suposto plano da
guerrilha para iniciar uma onda
de atentados. Seis carros-bombas,
que podiam ser guiados por controle remoto, seriam utilizados.
Dois carros foram desativados
ontem, e outros três na terça. Outro chegou a explodir no estacionamento de um supermercado,
ferindo 65 pessoas, na segunda.
As autoridades colombianas acusam a guerrilha marxista Farc
(Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) pelo atentado.
A polícia prendeu seis supostos
membros das Farc, incluindo um
engenheiro que seria o responsável pelo sistema implementado
nos carros-bombas. Segundo o
coronel da polícia Hernando Rodriguez, esses veículos possuem
explosivos que, se detonados, podem atingir todo um quarteirão.
As Farc têm utilizado tecnologia
sofisticada, especialmente depois
de terem recebido treinamento de
integrantes do IRA (Exército Republicano Irlandês).
Uribe, que assumiu a Presidência em agosto, prometeu combater duramente a guerrilha. Nesta
semana, a Anistia Internacional
criticou o presidente por suas medidas e pediu a ele que investigasse supostos abusos cometidos pelas forças oficiais.
"Em vez de garantir a segurança
de seus cidadãos, mantendo todos distantes do conflito armado,
as medidas do governo estão cada
vez mais colocando os civis no
meio dos confrontos", afirmou a
entidade de direitos humanos.
As medidas mais duras, como
as que afetavam a liberdade de
imprensa e permitiam aos militares realizar prisões, foram suspensas pela Justiça. E, apesar de
algumas das medidas serem vistas
como uma tendência autoritária
de Uribe, o presidente goza de
uma elevada popularidade e é visto como a pessoa capaz de colocar
um fim ao conflito.
A guerra civil já dura 38 anos.
Somente na última década, mais
de 40 mil pessoas morreram.
Com agências internacionais
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