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São Paulo, sexta-feira, 12 de dezembro de 2003

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ORIENTE MÉDIO

Explosão não teria sido atentado palestino

Israel mata 6 palestinos na faixa de Gaza; bomba explode em Tel Aviv

DA REDAÇÃO

Soldados israelenses mataram seis palestinos e feriram 17 ontem em troca de tiros no campo de refugiados de Rafah, na faixa de Gaza, durante ação para capturar uma liderança local do grupo terrorista palestino Jihad Islâmico.
Autoridades palestinas afirmaram que entre os mortos há cinco civis. Já o Exército de Israel diz que três dos mortos são terroristas. Khaled al Qadi, líder do Jihad Islâmico, foi detido, disse Israel.
Pelo menos 10 mil palestinos pediram vingança nos funerais das vítimas da ação israelense.
Em Tel Aviv, uma bomba explodiu diante de uma casa de câmbio, matando três pessoas e ferindo 19. Inicialmente, cogitou-se que a ação seria um atentado terrorista cometido por palestinos. Mas depois verificou-se que seria uma ação envolvendo grupos criminosos israelenses.

Desocupação
O vice-premiê israelense, Ehud Olmert, afirmou ontem que Israel poderá remover uma "quantidade considerável" de assentamentos na Cisjordânia e na faixa de Gaza caso as negociações com os palestinos fracassem. A medida faria parte do plano unilateral do premiê Ariel Sharon.
De acordo com Olmert, os detalhes do plano de Sharon deverão ser divulgados em breve. O mais provável é que sejam removidos os assentamentos mais isolados na Cisjordânia e todos na faixa de Gaza, segundo jornais israelenses.
Segundo Olmert, as fronteiras não serão as mesmas de 1967. "Definitivamente não. Jerusalém ficará do lado israelense. O que eles [os palestinos] chamam de ocupação praticamente terminará. Eles não poderão mostrar mais palestinos ameaçados por armas de Israel nas cidades palestinas."
O premiê palestino, Ahmed Korei, criticou o unilateralismo israelense. "O terror vai crescer", disse. Israel afirma que o unilateralismo decorre da falta de empenho palestino para combater os grupos terroristas.
Serviços de segurança israelenses entregaram a Sharon um relatório indicando que não há perspectivas de paz enquanto o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Iasser Arafat, estiver vivo nem no período posterior à sua morte, quando, segundo eles, as áreas palestinas ficarão divididas.


Com agências internacionais


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