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ORIENTE MÉDIO
Explosão não teria sido atentado palestino
Israel mata 6 palestinos na faixa de Gaza; bomba explode em Tel Aviv
DA REDAÇÃO
Soldados israelenses mataram
seis palestinos e feriram 17 ontem
em troca de tiros no campo de refugiados de Rafah, na faixa de Gaza, durante ação para capturar
uma liderança local do grupo terrorista palestino Jihad Islâmico.
Autoridades palestinas afirmaram que entre os mortos há cinco
civis. Já o Exército de Israel diz
que três dos mortos são terroristas. Khaled al Qadi, líder do Jihad
Islâmico, foi detido, disse Israel.
Pelo menos 10 mil palestinos
pediram vingança nos funerais
das vítimas da ação israelense.
Em Tel Aviv, uma bomba explodiu diante de uma casa de
câmbio, matando três pessoas e
ferindo 19. Inicialmente, cogitou-se que a ação seria um atentado
terrorista cometido por palestinos. Mas depois verificou-se que
seria uma ação envolvendo grupos criminosos israelenses.
Desocupação
O vice-premiê israelense, Ehud
Olmert, afirmou ontem que Israel
poderá remover uma "quantidade considerável" de assentamentos na Cisjordânia e na faixa de
Gaza caso as negociações com os
palestinos fracassem. A medida
faria parte do plano unilateral do
premiê Ariel Sharon.
De acordo com Olmert, os detalhes do plano de Sharon deverão
ser divulgados em breve. O mais
provável é que sejam removidos
os assentamentos mais isolados
na Cisjordânia e todos na faixa de
Gaza, segundo jornais israelenses.
Segundo Olmert, as fronteiras
não serão as mesmas de 1967.
"Definitivamente não. Jerusalém
ficará do lado israelense. O que
eles [os palestinos] chamam de
ocupação praticamente terminará. Eles não poderão mostrar mais
palestinos ameaçados por armas
de Israel nas cidades palestinas."
O premiê palestino, Ahmed Korei, criticou o unilateralismo israelense. "O terror vai crescer",
disse. Israel afirma que o unilateralismo decorre da falta de empenho palestino para combater os
grupos terroristas.
Serviços de segurança israelenses entregaram a Sharon um relatório indicando que não há perspectivas de paz enquanto o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Iasser Arafat, estiver vivo
nem no período posterior à sua
morte, quando, segundo eles, as
áreas palestinas ficarão divididas.
Com agências internacionais
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