DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo informou o Itamaraty, "manifestou preocupação e solidariedade com brasileiros e o povo haitiano de modo geral", ao saber do terremoto no país onde o Brasil mantém 1.266 militares em missão da ONU. O governo brasileiro, porém, não deu informações sobre vítimas.
Por meio de nota, o Ministério da Defesa informou que o comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, "reportou a ocorrência de danos materiais em algumas instalações usadas por brasileiros".
Mas, conforme o ministério, "somente nesta quarta-feira haverá condições de se fazer um balanço dos danos". A nota não fala em vítimas nem haitianas nem brasileiras.
O Itamaraty também disse não ter detalhes. Por volta das 22h, informou que o ministro Celso Amorim havia feito contato com Lula para falar sobre o terremoto.
Segundo o Itamaraty os telefones, tanto fixos como celulares, deixaram de funcionar na embaixada no Haiti após o terremoto, e por isso havia dificuldade para obter informações sobre brasileiros.
Em entrevista à rádio CBN, o embaixador do Brasil no Haiti, Igor Kipman, que estava ontem em Brasília, disse que não havia feridos entre os brasileiros.
"Os brasileiros estão bem. Já tive essa informação, sim. Estão bem. Nós temos [cerca de] 1.300 militares e mais civis, talvez 50 e 60", afirmou.
Kipman relatou estragos no prédio da Embaixada do Brasil. "O escritório da embaixada teve muitos danos. Os militares estão na planície, onde não há construções altas. Então, ali não há tanto perigo", afirmou.
Autoridades brasileiras devem se reunir hoje para definir um plano de ajuda ao Haiti, disse ainda o embaixador. A informação foi confirmada pelo Ministério da Defesa.
"O ministro [Jobim] reconheceu que o espírito de colaboração já faz parte do cotidiano das tropas brasileiras que participam da Força de Paz da Organização das Nações Unidas naquele país, mas ponderou que novas necessidades surgirão desta catástrofe", disse nota do ministério.


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