São Paulo, quinta-feira, 13 de janeiro de 2011 |
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Argentina cita "irmandade" em decisão do Brasil sobre Malvinas Ministro da Defesa brasileiro diz que procedimento é "padrão" GUSTAVO HENNEMANN DE BUENOS AIRES O governo argentino considerou uma prova de "irmandade" o fato de o Brasil ter impedido um navio britânico vindo das ilhas Malvinas de fazer escala no porto do Rio de Janeiro neste mês. O chanceler do país, Hector Timerman, falou ontem pela primeira vez sobre o assunto, após o governo brasileiro ter confirmado à Folha que barrou a embarcação britânica HMS Clyde por razões "políticas e diplomáticas". O episódio ocorreu no início de janeiro. "Essa medida mostra nossa relação tão próxima com o Brasil. É parte dessa construção que temos realizado de aliança estratégica e de irmandade, que é demonstrada não só pelo comércio, mas também por meio deste reconhecimento da soberania [argentina nas ilhas Malvinas]", disse o chanceler em entrevista a uma rádio local. Segundo a Embaixada do Reino Unido no Brasil, o Itamaraty negou um pedido de "autorização diplomática" para que o navio de guerra HMS Clyde atracasse no porto do Rio. A embarcação teve de seguir até um porto do Chile para reabastecer. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou ontem que a decisão do governo brasileiro é "padrão". Segundo ele, o Brasil tomou essa medida porque reconhece a soberania da Argentina sobre as Malvinas. "É padrão porque todas as demandas que são feitas de navios ou de aviões britânicos de operações de guerra para as Malvinas, o Brasil não aceita sua atracação em portos brasileiros porque nós reconhecemos a soberania nas Malvinas da Argentina e não da Inglaterra", afirmou. Anteontem, o Itamaraty informou a permissão para que navios britânicos atraquem em portos brasileiros será tomada caso a caso. Colaborou SIMONE IGLESIAS, de Brasília Texto Anterior: Análise: Colapso demonstra fracasso de esforços de mediação feitos por países vizinhos Próximo Texto: Palin utiliza vídeo para rebater críticas depois de tiroteio Índice | Comunicar Erros |
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