São Paulo, Sábado, 13 de Fevereiro de 1999
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Clinton volta a dizer que se arrepende do envolvimento amoroso com Lewinsky
Moção de censura também fracassa e presidente propõe "reconciliação"
Senado dos EUA absolve Clinton e encerra o processo de impeachment

Reuters
O presidente norte-americano Bill Clinton fala na Casa Branca após ser absolvido


MARCELO DIEGO
de Nova York

William (Bill) Jefferson Clinton, o 42º presidente dos EUA, foi absolvido ontem em Washington pelo Senado no processo de impeachment. Clinton pode continuar no cargo até o fim do mandato, em janeiro de 2001.
Os senadores rejeitaram os dois artigos de acusação contra o presidente. Clinton, 52, era acusado de obstrução à Justiça e de ter cometido falso testemunho frente a um júri de inquérito.
O foco da investigação era o envolvimento amoroso do presidente com Monica Lewinsky, 25, ex-estagiária da Casa Branca.
Depois da votação, Clinton disse: ""Eu sinto profundamente pelo que disse e pelo que fiz para provocar esses eventos".
Eram necessários dois terços dos votos dos senadores (67 votos, em um universo de 100) para o impeachment. Nenhum dos artigos obteve nem a maioria simples (51).
O artigo sobre falso testemunho foi rejeitado por 55 a 45 votos. Dez dos 55 republicanos votaram a favor de Clinton. O artigo sobre obstrução à Justiça teve um empate em 50 votos.
Após a votação, a discussão sobre uma moção de censura ao presidente foi rejeitada por 56 a 43 votos. A moção pode voltar a ser debatida, embora seja pouco provável.


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