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A VENCEDORA
Pesquisas indicam que primeira-dama venceria com folga disputa eleitoral em Nova York
Vitória favorece projeto de Hillary
da Sucursal de Brasília
Pouca gente duvida de que Hillary Rodham tentará uma carreira política solo algum momento depois de ter deixado a
Casa Branca em janeiro de 2001.
Ou até antes.
Ano que vem, por exemplo, vaga a cadeira de Daniel Patrick
Moynihan no Senado dos EUA.
Pesquisas de intenção de voto no
Estado de Nova York mostram
que a primeira-dama venceria
qualquer opositor por larga margem para sucedê-lo.
Aos 51 anos, Hillary é uma das
pessoas mais populares dos
EUA. O impeachment do marido
só fez aumentar seu prestígio.
Por ironia, o sucesso veio pelo
caminho oposto daquele com
que ela gostaria de tê-lo obtido.
Hillary sempre lutou para mostrar a importância da independência da mulher. Mas foi no papel de Amélia, "a mulher de verdade" de Ataulfo Alves, que ganhou a admiração do público.
Quando assumiu a coordenação do que teria sido a grande
contribuição do governo Clinton
para a história, a revolução do
sistema nacional de saúde, Hillary tinha baixíssimos índices de
aprovação.
Agora, depois de ter aturado
em silêncio e com dignidade as
humilhações que o marido lhe
impôs, o país a aplaude como
nunca antes.
Ambiciosa, concentrada, fria,
cerebral, ela sabe que o caminho
à sua frente no terreno da política
pode ser muito promissor.
Quem, sem querer, a ajudará a
pavimentá-lo é Elizabeth Dole,
mulher do candidato à Presidência em 1996 e que está lançando a
primeira candidatura presidencial feminina viável da história
do país.
Há chances de Elizabeth vencer
em 2000, mas são poucas. No entanto, ela poderá mostrar que o
país está maduro para a idéia de
uma mulher na Presidência.
Hillary, ao contrário da mais
idosa Elizabeth, pode esperar até
16 anos (quatro eleições) para
tentar a sorte. Com melhores
condições, se vier na esteira de
um bom mandato no Senado.
Esses cenários, por causa do
impeachment e dos seus efeitos
sobre a imagem de Hillary, estão
longe de ser absurdos. Ela parece
preparada e ansiosa para viabilizá-los.
Se Bill estará a seu lado, é duvidoso. Dependerá das pesquisas
se ela o descartará ou não.
(CELS)
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