das agências internacionais

Um júri federal do Brooklyn, em Nova York, condenou ontem 15 fabricantes de armas por negligência resultante em seis crimes cometidos com seus produtos.
Oito marcas foram consideradas responsáveis por seis mortes e um ferimento a bala. Entre elas, estão a Beretta USA Corp., Taurus Internacional Manufacturing Inc. e a Colt"s Manufacturing Co..
Um sobrevivente de um tiroteio receberá indenização de US$ 500 mil, o que abre um precedente legal importante nos EUA.
O júri avaliou acusações contra 25 fabricantes de revólveres -15 deles foram considerados negligentes em seus procedimentos de marketing e distribuição.
As empresas condenadas vão recorrer. Argumentam que sua responsabilidade termina no momento em que vendem as armas aos distribuidores autorizados.
"O importante é que julgaram negligência em todos os casos", disse Freddie Hamilton, que perdeu um filho morto a tiros. "Não nos importamos com o dinheiro."
Esta foi a primeira vez que familiares de vítimas de armas de fogo processam os fabricantes por falhas na venda em Estados onde o controle é pouco rigoroso -o que contribui para o comércio ilegal.
A acusação citou estatísticas que mostram que 90% das armas usadas em crimes no Estado de Nova York vieram de outras partes do país. Cerca de 45% delas tinham origem em cinco Estados do sul.
O cerco à indústria de armas vem na esteira dos processos movidos contra fabricantes de cigarros. Em novembro, a indústria do tabaco firmou acordo com o governo em que se compromete a pagar US$ 206 bilhões em troca de imunidade contra ações de indenização.
Cinco municípios já moveram ações contra os fabricantes de armas e espera-se que muitos outros sigam esse exemplo.
Essas empresas também estão na mira de processos em Atlanta, Nova Orleans, Miami e Bridgeport, onde são acusadas de fazer revólveres com dispositivos de segurança pouco satisfatórios.


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