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São Paulo, quinta-feira, 13 de março de 2003

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Djindjic foi um forte opositor de Milosevic

DA REDAÇÃO

O atentado que matou Zoran Djindjic foi o segundo incidente recente envolvendo o premiê sérvio. No mês passado, Djindjic sobrevivera ileso à colisão de um caminhão com o comboio que o escoltava. À época, o premiê sugeriu que o incidente pudesse estar ligado ao combate ao crime organizado, enfraquecido após a queda do então ditador Slobodan Milosevic, em 2000.
Aos 50 anos, casado e pai de dois filhos, Djindjic era conhecido como político de centro, reformista, ligado ao Ocidente. A partir do fim dos anos 80, consolidou-se como forte opositor de Milosevic na Iugoslávia.
Chegou à Prefeitura de Belgrado em 1996, após liderar passeatas que reuniram até 500 mil pessoas contrárias à anulação da eleição municipal em que o partido de Milosevic saiu derrotado.
Em 1999, quando a Otan comandou ação militar contra o regime de Milosevic, Djindjic refugiou-se em Montenegro. Com a derrocada de Milosevic, Djindjic aliou-se, em 2000, ao oposicionista Vojislav Kostunica. Este chegou à Presidência da Iugoslávia, e Djindjic tornou-se premiê.
No governo, conteve separatistas de origem albanesa de Kosovo e negociou o fim da Iugoslávia, concluída em fevereiro com a formação do Estado da Sérvia e Montenegro.
Essa negociação foi um dos pontos de atrito entre Djindjic e Kostunica. Outro foi a atuação de Djindjic para entregar Milosevic à ONU, em 2001. Kostunica era contrário, mas o premiê entregou o ex-ditador, em troca de ajuda financeira internacional.


Com agências internacionais


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