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SAIBA MAIS
Djindjic foi um forte opositor de Milosevic
DA REDAÇÃO
O atentado que matou Zoran
Djindjic foi o segundo incidente
recente envolvendo o premiê
sérvio. No mês passado, Djindjic
sobrevivera ileso à colisão de um
caminhão com o comboio que o
escoltava. À época, o premiê sugeriu que o incidente pudesse
estar ligado ao combate ao crime
organizado, enfraquecido após a
queda do então ditador Slobodan Milosevic, em 2000.
Aos 50 anos, casado e pai de
dois filhos, Djindjic era conhecido como político de centro, reformista, ligado ao Ocidente. A
partir do fim dos anos 80, consolidou-se como forte opositor de
Milosevic na Iugoslávia.
Chegou à Prefeitura de Belgrado em 1996, após liderar passeatas que reuniram até 500 mil
pessoas contrárias à anulação da
eleição municipal em que o partido de Milosevic saiu derrotado.
Em 1999, quando a Otan comandou ação militar contra o
regime de Milosevic, Djindjic refugiou-se em Montenegro. Com
a derrocada de Milosevic, Djindjic aliou-se, em 2000, ao oposicionista Vojislav Kostunica. Este
chegou à Presidência da Iugoslávia, e Djindjic tornou-se premiê.
No governo, conteve separatistas de origem albanesa de Kosovo e negociou o fim da Iugoslávia, concluída em fevereiro
com a formação do Estado da
Sérvia e Montenegro.
Essa negociação foi um dos
pontos de atrito entre Djindjic e
Kostunica. Outro foi a atuação
de Djindjic para entregar Milosevic à ONU, em 2001. Kostunica
era contrário, mas o premiê entregou o ex-ditador, em troca de
ajuda financeira internacional.
Com agências internacionais
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