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Dissidência é variada no país
DE PEQUIM
O termo "dissidente político"
abrange um universo variado,
que inclui religiosos, críticos do
governo, separatistas e aqueles
que tentam fundar movimentos
de oposição ao Partido Comunista. Em comum, eles têm o fato de
discordarem das posições oficiais
do governo chinês.
Não há estatísticas sobre quantos dissidentes se encontram nas
prisões chinesas, e as autoridades
de Pequim se recusam a dar informações, afirma Sharon Hom, da
Human Rights in China, organização sediada nos Estados Unidos
e dirigida por Liu Qin, participante dos protestos pró-democracia
da praça Tiananmen que se exilou
nos EUA em 1989. A entidade tenta realizar um levantamento extra-oficial dos detidos. Os números não são precisos, mas dão
uma dimensão aproximada da situação e do perfil dos dissidentes.
O maior grupo é o de pessoas
relacionadas às manifestações de
1989. O número mais conservador aponta 211 presos, mas Hom
acha que a cifra pode ser bem
maior. Em seguida, aparecem os
integrantes da seita religiosa Falun Gong, declarada ilegal em
1989. Segundo Hom, há ao menos
cem integrantes do grupo presos.
Jornalistas e pessoas que divulgam críticas ao governo na internet formam um grupo de cerca de
60 presos. Exixtem ainda cerca de
30 padres e católicos praticantes
que juram fidelidade ao papa e
tentam instituir a Igreja Católica
romana em território chinês. Os
protestantes que se recusam à
aderir à Igreja Protestante Patriótica afirmam que 55 de seus membros estão presos.
Muitos advogados chineses acabam na prisão, sob a acusação de
falsificar evidências. De acordo
com dados da Associação de Advogados de Toda a China, ligada
ao Partido Comunista, cerca de
400 advogados foram presos desde 1997.
(CT)
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